Sexta-feira, 21.12.12

Bom Natal e Bom Ano de 2013 (como se fosse possível!)

Este é o post em que eu desejo bom Natal a todos os leitores, espero que passem uns bons dias com as respectivas famílias! Além disso, aproveito também para informar que, por motivos de férias, este blog não terá posts até ao início de 2013, regressando portanto à actividade nos primeiros dias de Janeiro! (Prometo alterar esta decisão se hoje acabar o mundo, ou se acontecer qualquer coisa mesmo importante que mereça umas palavrinhas).

Espero que tenham também uma boa passagem de ano, e que 2013 possa ser um ano melhor do que esperamos, como se isso fosse possível! O melhor mesmo é apertar os cintos de segurança, pois vamos atravessar uma zona de grande turbulência!  

publicado por Domingos Amaral às 10:22 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Quinta-feira, 20.12.12

Afinal, o mundo não acaba amanhã!

Ontem, o meu filho perguntou-me se eu, na sexta-feira, ia sair à noite. Assim como assim, ele preferia garantir que tinha o pai por perto, caso o mundo acabasse mesmo. Como se o fim do mundo fosse um terramoto, um tsunami, uma explosão enorme, ou qualquer coisa que o pai pudesse, com um piparote, resolver num segundo.

Que as crianças temam o fim do mundo, é compreensível e até é bom, estimula-lhes a imaginação. Agora que milhões de adultos andem a perder tempo com calendários maias e tontarias no género, está para além da minha inteligência. Como se o mundo pudesse acabar num dia determinado, e os maias, há milhares de anos, já o soubessem!

A própria noção de Fim do Mundo é um pouco absurda. É como o Pai Natal: não existe mas todos os dias há deles a passear nas ruas de uma cidade qualquer. Com o Fim do Mundo passa-se algo semelhante: não existe, enquanto conceito geral, mas todos os dias o mundo acaba para as pessoas que morrem.

Para mim, o verdadeiro Fim do Mundo é isso, a morte. Não é nada tão épico como um rebentamento geral, uma mega-terramoto, cometas a cair do espaço. Isso são patranhas de Hollywood, imaginações delirantes, efeitos especiais "spielberguianos".

Suspeito que o fim do mundo não terá nada disso, nem será assim, num dia explícito. Se o mundo tiver de acabar um dia, será de uma forma lenta, demorada, e as pessoas só darão por isso tarde demais, quando já não existirem árvores, nem pássaros, e a água não se puder beber. 

Na verdade, o que as pessoas gostavam era de um Fim do Mundo para colocar no Facebook, uma coisa tipo "furacão Sandy alia-se a terramoto no Haiti e formam conjunto com tsunami na Tailândia"!

É isso que as pessoas querem: um Big Bang Instagram, um maremoto Twitter, em que milhões poderiam colocar fotos de destruição online, contentes por terem sobrevivido e aterrados com o que viam! Não vai acontecer. Ninguém fará um like na página do Fim do Mundo.

Mas, só para descansar o meu filho, na sexta-feira janto em casa. 

publicado por Domingos Amaral às 14:49 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Terça-feira, 18.12.12

O precipício orçamental da América é trágico? E o nosso?

Desde a reeleição de Obama que na América não se fala noutra coisa que não seja o "precipício orçamental", ou em inglês "fiscal cliff". A expressão feliz é da autoria do governador do banco central americano, o FED, que é o senhor Ben Bernanke. 

E o que é o precipício orçamental da América? Pois bem, se Obama e os Republicanos não chegarem a um acordo, a partir de Janeiro próximo entram em acção uma enorme quantidade de cortes de despesa do Estado, e sobem de forma drástica os impostos.

Ou seja, para os americanos o "precipício orçamental" é a austeridade enorme, e as suas consequências graves. Se os impostos subirem e ao mesmo tempo se executarem cortes profundos na despesa do Estado federal, isso vai provocar uma contração muito forte na economia americana, impedindo a recuperação económica em curso, e provavelmente provocará uma forte recessão, coisa que ninguém, no seu juízo perfeito, deseja.

Portanto, para os americanos, "o precipício orçamental" é uma tragédia a evitar a todo o custo, e nem republicanos nem democratas querem lançar o país para a crise, e rejeitam fortemente uma solução que passe pelo aumento drástico da austeridade.

Como tudo é diferente na América e na Europa! Lá, têm juízo, percebem de economia, e sabem que não é com crises, falências, recessões e desemprego que se conseguem pagar as dívidas, por mais elevadas que sejam. Porém, na Europa, o caminho é o oposto, e a Sra Merkel e os seus seguidores não pensam noutra coisa que não seja massacrar os países com austeridade, com cortes na despesa do Estado e aumentos "enormes" de impostos.

"Precipício orçamental" na América? Nós, em Portugal, é que estamos a cair no precipício orçamental! Há um abismo a abrir-se debaixo dos nossos pés, com os aumentos de impostos que aí vêm, e que ainda será mais agravado com os cortes de 4 mil milhões de que fala o Governo. É um precipício orçamental e não é nada pequeno, e infelizmente temo que todos iremos cair nele. 

publicado por Domingos Amaral às 12:52 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 17.12.12

Que se lixem as eleições?

Há quase um ano e meio, Pedro Passos Coelho declarou "que se lixem as eleições!", defendendo que iria governar em defesa dos interesses de Portugal e não a pensar em vencer as próximas eleições. Para ele, o que havia a fazer era essencial, e tinha de ser feito, mesmo que isso implicasse que o PSD perdesse muitos votos e muitos apoiantes, arriscando-se a perder.

À primeira vista, isto parece uma declaração nobre e desprendida, de um homem que quer ser um estadista e não um mero político de curto prazo. Ao revelar um forte desprezo pela contabilidade eleitoral futura, Passos Coelho mostrava a sua grandeza, a sua diferença face aos políticos do passado, e o seu patriotismo. 

Contudo, esta vontade de um político ser "estadista" em vez de ser político, costuma dar mau resultado, e o desprezo pelas eleições costuma ser um indicador claro que há um divórcio entre a vontade do governo e a vontade do seu povo.

Ou seja, ao dizer que não quer saber de eleições, o que Passos Coelho está a dizer é que vai governar contra as pessoas, fazendo coisas que as prejudicam. O facto de isso ser supostamente feito em nome do superior interesse nacional, em nome duma entidade abstrata chamada Portugal, não invalida que serão as pessoas a avaliar o governo.

Temo que, nas próximas eleições, o PSD sofra uma derrota histórica e colossal. O CDS talvez resista um pouco melhor, mas poderá também perder alguns votos, e a consequência desta máxima de Passos Coelho, do tal "que se lixem as eleições", será uma grande vitória das esquerdas, com a subida dos três partidos de esquerda: PS. PCP e Bloco. 

Convém lembrar que foi isso que aconteceu ao PS de Soares, em 1985, quando governou com o programa do FMI. Nas eleições seguintes, teve um colapso, descendo até 22 por cento, à custa do aparecimento do estranho fenómeno chamado PRD.

Em 2013, governar assim, "lixando-se para as eleições", poderá acabar num monumental desastre para o PSD e para o país. Com o desemprego sempre a crescer, com a recessão a apertar, é evidente que muitos portugueses acabarão por entregar a sua ira e a sua revolta nas mãos da esquerda mais radical.

Por sorte, não parece haver por cá o crescimento da extrema-direita, mas no dia que a extrema-esquerda crescer tanto que for impossível governar sem ela, talvez Passos Coelho se arrependa de ter dito o que disse.  

publicado por Domingos Amaral às 10:55 | link do post | comentar
Sexta-feira, 14.12.12

Serial killers ou monogamia em série?

Estava outro dia à conversa com um amigo que se entitulava um "serial killer". Não de pessoas, bem entendido, ele não era um assassino tipo "Silêncio dos Inocentes". Ele era um "serial killer" de mulheres, matava-as uma atrás da outra, mas em sentido figurado.

Mal uma lhe passava à frente, tirava-lhe as medidas e atacava. Primeiro, fazia-lhe a ronda. Tirava informações sobre ela, pesquisava no Facebook a página dela, frequentava os locais que ela frequentava, e quando a oportunidade surgia, zás, lançava o seu anzol.

Normalmente, embora isso nem sempre acontecesse na primeira noite, era bem sucedido. Como tinha graça, lata, jeito, e sobretudo como se concentrava muito nelas, o meu amigo tinha, e tem, um enorme sucesso entre as mulheres.

Pelo menos nas primeiras semanas, era raro quem lhe resistisse. Solteiras ou casadas, estrangeiras ou nacionais, novas ou mais entradotas, quase todas caíam na sua encantadora lábia, e rendiam-se, umas mais depressa, outras mais devagar.

Contudo, passadas as primeiras semanas de encantamento, elas começavam a perceber que ele já estava noutra. O "serial killer" é assim. O que lhe interessa é faturar, mas estando o registo feito, é tempo de começar a pensar noutro, ou neste caso, noutra mulher.

E é rara a mulher que consegue fazer durar a coisa muito tempo. Embora ele já tenha estado casado duas vezes, nunca foi fiel, e namoriscou sempre, mesmo de aliança no dedo.

O que é curioso nisto é que as mulheres não se queixam dele, não dizem mal dele, não acham que ele seja um porco ou um egoísta. Há muitas que o tratam mesmo por "serial killer", aceitando perfeitamente a sua natureza. Quando lhe perguntei qual era o segredo para isso, para essa ausência de raiva nas mulheres que ele abandona, ele disse-me só:

- Nunca lhes menti. 

Era tão simples como isso. Ele nunca as enganava, nunca lhes dizia que as amava, que eram a mulher da vida dele, que estava louco de paixão e não via mais nada à frente. Ele apenas lhes dizia que estava interessado nelas, que gostava da conversa delas, que gostava de se divertir com elas, de lhes provocar emoções fortes (normalmente na cama), mas que, como era um "serial killer", e não podia negar a sua natureza, era melhor não ser namorado delas, e muito menos marido, pois isso é que lhes iria causar infelicidade!

Não me perguntem como, mas a verdade é que isto funcionava quase sempre. Sim, havia uma ou outra que se afastavam, mas a maioria ficava curiosa, fascinada com o interesse dele nelas, acabando por ir na conversa. E ele todo contente, com mais uma conquista no currículo.

Além da conversa, havia também outro princípio que ele aplicava: nunca andava com duas mulheres ao mesmo tempo. Se andava com uma, andava com ela e não dormia com outras. Quando queria dormir com outra, despedia-se da primeira, e seguia em frente. Ele costumava dizer que era uma espécie de estação de combóios só com duas linhas. Quando chegava um novo combóio, estava na altura de partir o que estava parado na estação!

Quando o ouvi explicar esta teoria, disse-lhe que ele não era um "serial killer". Ele era, tal como a maioria dos seres humanos, monógamo, só que era em série! É claro que há casos de poligamia, ou de pessoas que andam com várias ao mesmo tempo. Mas a verdade é que a grande maioria dos humanos é monógama em série.

Hoje anda com um, mas daqui a uns tempos (às vezes muitos anos) esse relacionamento acaba e depois começa outro, e por aí fora. Os relacionamentos têm é duração variável. Há casos rápidos e há casos lentos, e alguns podem até durar a vida toda, embora isso seja cada vez mais raro. 

O meu amigo era um caso rápido. Era, e é, um monógamo em série, mas a coisa com ele anda tão depressa, que ele até se pode chamar a si próprio "serial killer"!

publicado por Domingos Amaral às 16:13 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Há ouro no Alentejo, vamos safar-nos!

Soube-se hoje que foram descobertas grandes quantidades de ouro, numa jazida aurífera próxima de Montemor-o-Novo! A empresa canadiana que está a pesquisar os solos do Alentejo, chamada Colt Resources, confirmou o facto em comunicado.

É a melhor notícia de 2012, e o futuro de Portugal afinal pode não ser negro como o pintaram. Ainda por cima, a empresa confirmou que nem sequer será necessária uma mina subterrânea, porque o ouro não está a uma profundidade muito grande, e será explorado numa mina a céu aberto.

É caso para dizer: todos para o Alentejo e em força! Com sorte, os desempregados vão arranjar trabalho a peneirar umas pepitas. Eu próprio já me estou a ver de calças arregaçadas, e de capacete, com um saco à cintura carregadinho de pequenas pedrinhas douradas! Foi encontrado o El Dourado de Passos e Coelho e Vítor Gaspar, e há mesmo que já sussurre, ainda a medo, que talvez o ouro dê para pagar a nossa dívida externa... 

 

publicado por Domingos Amaral às 16:03 | link do post | comentar
Quinta-feira, 13.12.12

Os alemães deviam lembrar-se melhor da sua História!

Sempre que vejo na televisão o ministro das Finanças alemão, o Sr. Schauble, penso que se calhar ele já não se lembra bem da História do seu próprio país, a Alemanha.

Quando fala na dívida pública dos países como Grécia, Portugal e Irlanda, ele nunca quer ouvir falar em "perdão de dívida", nem sequer em "renegociação" ou "reestruturação" da dívida. Para ele, esses países têm de pagar o que devem, e mais nada! Quanta falta de memória...

A História da Alemanha no século XX é uma lição sobre o que se deve e o que não se deve fazer quando a dívida pública atinge valores astronómicos, e o Sr. Schauble, e outros que tais, deviam meditar sobre os ensinamentos que se podem, e devem, retirar do passado.

Logo após o fim da I Guerra Mundial, o tristemente célebre Tratado de Versailles obrigava a Alemanha, que perdera a guerra, a pagar elevadíssimas "reparações". Com sede de vingança, vontade de castigar e muita cegueira, americanos, franceses e ingleses, obrigaram a Alemanha a enormes sacrifícios, fazendo a dívida pública do país crescer para valores astronómicos.

O resultado não foi bonito de se ver. Atrofiada num mar de dívidas, a Alemanha sofreu horrores. Dois surtos de hiperinflação brutais, nos anos 20, e duríssima austeridade, em especial entre 1930 e 1933, aplicada pelo chanceler Bruning, que viria a ficar conhecido como "o chanceler da fome". A recessão, o desemprego e a fome foram de tal ordem, que geraram um caos de onde emergiu uma calamidade maior ainda: Hitler. A austeridade fanática gerou um monstro.

Contudo, europeus e americanos não aprenderam à primeira. Depois da Segunda Guerra Mundial, em 1945, também foram impostas fortíssimas obrigações à Alemanha, uma enorme austeridade que fez crescer brutalmente a sua dívida pública, provocou uma recessão e impediu a recuperação económica.

Só oito anos depois do fim da guerra (!), em 1953, é que o mundo percebeu que esse caminho não funcionava, e decidiu finalmente perdoar a dívida pública alemã. 63 por cento da dívida da Alemanha foi perdoada, naquela que foi uma decisão histórica e que permitiu ao país sair do buraco em que se encontrava, ao mesmo tempo que aplicava o Plano Marshall.

Para quem pense que a história acabou aqui, não é assim. Nos anos 90, depois da reunificação das Alemanhas, o novo país ficou com uma enorme dívida pública, e foi com a ajuda dos europeus que a conseguiu reestruturar, absorvendo assim a Alemanha de Leste.

Há lições a retirar destes casos, em especial para a Alemanha, e a principal é esta: a partir de certo limite, não vale a pena forçar os países a enormes sacrifícios para pagar as suas dívidas, porque isso não resulta. O melhor é perdoar, e recomeçar do zero.

Se há país que sofreu na pele com a teimosia e a estupidez dos credores, esse país é a Alemanha, e por isso mesmo devia saber o que funcionou e o que não resultou. Quem tanto sofreu, não devia ser tão duro com os outros.   

 

publicado por Domingos Amaral às 11:20 | link do post | comentar

Um freguês da Tommy Hilfiger

Neste blog, costumo falar de marcas de que gosto ou uso, e a Tommy Hilfiger é uma delas. Sempre que penso na marca recordo a época em que vivia em Nova Iorque, em 1992, e dá-me uma certa nostalgia daqueles tempos em que passeava, sem pressa, pela Lexington Avenue ou pela Madison, descendo uma, subindo a outra, entrando nas lojas para apreciar as novidades. Que saudades! 

E foi precisamente em 92 que Tommy Hilfiger lançou a sua coleção para homens. Para mim, foi amor à primeira vista, e logo fiquei freguês. Gostava do estilo, da pinta, da sensação de modernidade que aquelas roupas me transmitiam. Foi uma época áurea para as marcas masculinas e a Tommy Hilfiger surfou bem aquela onda, mas ainda teria a grande virtude de se adaptar com inteligência e bom gosto às mudanças do mundo e às tendências da moda.

De então para cá, passaram 20 anos, mas a minha relação com a Tommy Hilfiger continua a mesma, afectiva e admiradora. Acho que a marca, bem guiada pela mão do seu criador original, conseguiu sempre surpreender, nas coleções, nos desenhos, nas cores, mantendo uma jovialidade evidente, mas com uma sofisticação e uma classe difíceis de alcançar. 

Desta vez, a Tommy Hilfiger apresenta a coleção "Snow Chic", dedicada à época de Natal. Com um mix de casacos e parkas (nas imagens), acessórios para o inverno e eveningwear, esta coleção limitada tem excelentes opções para presentes destinados a mulheres, homens ou crianças. Como o nome indica, a "Snow Chic" é muito apropriada para as férias na neve, com as suas camisolas coloridas e invernosas, as suas calças de ski justas, as suas luvas e os seus cachecóis. 

Como complemento, a marca criou também o “Tommy’s Guide to Snow Chic”, uma seleção dos seus destinos de ski internacionais favoritos, restaurantes, hotéis e playlists de música natalícia. Para quem estiver interessado, a coleção e o guia estão disponíveis em lojas selecionadas Tommy Hilfiger na Europa, Estados Unidos e Japão, assim como online em tommy.com/snowchic.

 

 

 

 

publicado por Domingos Amaral às 10:35 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 12.12.12

Lista de Presentes de Natal para o Governo

Para quem esteja com dúvidas sobre o que comprar e o que oferecer a alguns dos nossos governantes no próximo Natal, eis aqui umas sugestões:

 

Pedro Passos Coelho - um coelinho a pilhas da Duracell, que dura, e dura e dura...O livro do prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, com o título "Acabem Com Esta Crise Já!". Um CD do Paulo de Carvalho, com uma gravação da Nini, ao vivo no Coliseu, para se recordar sempre daquela noite. 

 

Vítor Gaspar - Um curso rápido de operador de telemarketing, para ele aprender a falar mais depressa. Um dicionário português-alemão para se entender ainda melhor com o seu congénere Schauble. Um kit de modelismo para ele poder "modelar" as medidas que quisesse. 

 

Paulo Portas - Muito papel de carta e envelopes lacrados, e uma caneta Bic, para nunca lhe faltar com que escrever cartas à "troika". Um vídeo sobre malabarismos em cima do arame, perigosos mas muitas vezes bem sucedidos. 

 

Miguel Relvas - Uma televisão, com home cinema e 200 canais à escolha, para ele matutar sobre todos os modelos possíveis para a RTP. Um par de castanholas para ele actuar mais vezes no rancho fóclórico. Um curso rápido de inglês, fácil de terminar. 

 

Miguel Macedo - Um livro de fábulas de La Fontaine, para se inspirar, e uma embalagem de Baygon para poder eliminar cigarras. E formigas. E melgas.

 

Álvaro Santos Pereira - Um combóio eléctrico, uma retroescavadora e muitos camiões, todos da Playmobil, para ele lançar a reindustrialização do país e da Europa a partir de casa.

 

 

publicado por Domingos Amaral às 12:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 11.12.12

Quando a cabeça (do Sporting) não tem juízo...

Já cantava o António Variações que o corpo é que paga quando a cabeça não tem juízo, e foi disso que me lembrei ontem ao ver o Sporting-Benfica. Os leões correram demais na primeira parte, tal era a ânsia de vencer o rival, que depois pagaram um preço alto, e acabaram por ser derrotados sem qualquer dúvida por 1-3.

Na segunda parte, chegou a ser penoso ver alguns dos jogadores do Sporting a perderam bolas da maneira que perderam, por puro cansaço. Capel, por exemplo, quase não existiu depois do intervalo. No princípio, Maxi Pereira parecia estar a levar um banho de bola, mas ele é uma velha raposa, e sabia que quem corre como Capel correu em 45 minutos...Na segunda parte, era Maxi que passava por ele sem problemas.

Quanto a Carrillo, um excelente jogador, quase só se viu uma vez, quando acelerou e ofereceu a Elias um golo que Artur negou, com mais uma das suas espantosas defesas. O Sporting acabou aí, e depois só deu Benfica. Antes do jogo, na brincadeira, tinha enviado um sms a um amigo a dizer que os leões iam levar 4 na segunda parte e quase adivinhei. 

Jesus teve mais uma vez razão ao dizer que a esta corrida é a dois. Provavelmente assim será até ao final do campeonato. Benfica e FC Porto estão colados, e nenhum quer ser o primeiro a ceder.

Como digo no meu livro "Porque é que o FC Porto é campeão e o Benfica só ganha Taças da Liga?", o elemento determinante para vencer são os salários que os clubes pagam a jogadores e treinadores. Quem paga mais, normalmente é campeão.

Ora, este ano as coisas estão muito próximas. Segundos os relatórios de contas, no primeiro trimestre desta época, o FC Porto gastou 11,7 milhões de euros em salários e o Benfica 11,2, o que os coloca quase lado a lado na possibilidade de ser campeão.

Talvez por isso, a igualdade de resultados é a norma. Até agora, o FC Porto disputou 21 jogos (11 para o campeonato, 6 para a Champions, 3 na Taça de Portugal e a Supertaça). Ganhou 16, empatou 3, e perdeu 2, o que dá uma percentagem de vitórias de 83,3 por cento. Para calcular este número, a vitória vale 2 pontos e o empate um, e depois é preciso dividir pelo total de pontos em 21 jogos (35/42). 

Já o Benfica disputou apenas 19 jogos, pois falta-lhe um na Taça e não disputou a Supertaça. Desses, venceu 13 jogos, empatou 4 e perdeu 2. Ou seja, conseguiu 30 pontos em 38 possíveis, o que dá uma percentagem de vitórias de 78,9 por cento, já mais próxima da do FC Porto, e melhor que há um mês atrás. Portanto, a coisa está mesmo renhida! 

publicado por Domingos Amaral às 11:55 | link do post | comentar | ver comentários (13)
 

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