Terça-feira, 30.04.13

O Benfica está...quase lá!

Há dois anos, de cada vez que o FC Porto ganhava um jogo próximo do final do campeonato, o seu treinador da altura, André Villas-Boas, costumava dizer que assim se ia "desmoralizando os adversários".

Era verdade, e continua verdade. Quando o clube que lidera ganha mais um jogo, já perto do fim, os rivais perdem moral.

É essa a primeira consequência da importantíssima vitória do Benfica ontem, na Madeira. Era neste jogo que os nossos adversários apostavam todas as fichas, prevendo a perda de pontos do líder do campeonato.

Vítor Pereira, o ainda treinador do FC Porto, disse mesmo que tinha "a certeza" que o Benfica ia perder pontos na Madeira. As suas certezas, como se viu, saíram furadas, e o Benfica ganhou "limpinho", como costuma dizer Jorge Jesus. A "grande conspiração da arbitragem" que estava a ser montada desde a semana passada contra o Benfica, caiu em saco roto.

A verdade é que a equipa, depois de andar adormecida a primeira parte, acordou na segunda e mostrou o que vale, derrotando um Marítimo que me pareceu cansado, depois de tanto ter corrido atrás do prejuízo. O Benfica ganhou por 2-1, mas se tivesse metido um terceiro golo ninguém estranhava, pois teve várias oportunidades.

E, de repente, as coisas deram uma importante volta. É que, até aqui, toda a gente dizia que o Benfica tinha o calendário mais difícil na ponta final do campeonato.

Mas olhem agora! Vencidos Sporting e Marítimo, o Benfica tem dois jogos em casa (Estoril e Moreirense) e uma difícil ida ao Dragão pelo meio.

E o FC Porto? Ora vejam: uma ida à Madeira (Nacional), um jogo em casa contra um líder que tem 4 pontos de avanço (Benfica) e o último jogo em...Paços de Ferreira, que é só a equipa sensação deste ano e está em 3º, a lutar pela...Liga dos Campeões! 

O que é mais fácil? Vencer Nacional, Benfica e Paços, dois deles fora de casa, ou vencer dois jogos em casa, contra Estoril e Moreirense? Pois é, bem dizia o Villas-Boas que os adversários se vão desmoralizando assim...

Contudo, não chegámos ainda ao Marquês de Pombal, nada de embandeirar em arco! O Estoril é uma das boas equipas deste ano, está em 5º lugar e pode causar sérios problemas ao Benfica. Não há vitórias antecipadas, e por isso os benfiquistas têm de encher a Luz com euforia e ânimo, já na próxima segunda-feira, para ultrapassar mais essa provação.

Aliás, pelo caminho há outra etapa duríssima, chamada Fenerbahçe. É já na quinta e lá estarei. Espero que o meu filho viva ao meu lado a enorme alegria que é vencer em casa uma meia-final e carimbar o passaporte para Amesterdão!

Espero, mas vai ser um osso duríssimo de roer. O resultado de 0-1 é um dos mais difíceis de virar, e nas estatísticas das provas europeias, é importante relembrar que quem vence a primeira mão, em 70 por cento dos casos segue em frente. Portanto, o Benfica não vai só jogar contra os turcos, vai também jogar contra a tradição estatística europeia.

Será um jogo inesquecível e de emoções fortíssimas, e espero que uma Luz enorme, entusiasmada, a arrebentar pelas costuras, faça a diferença.

É que, todos os que amam futebol sabem disso, é com estes momentos que todos nós, desde crianças, sonhamos! O nosso clube numa final europeia é o sonho de qualquer menino, e eu não sou diferente do meu filho!

publicado por Domingos Amaral às 11:48 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 29.04.13

Portas e Gaspar: chegou ao fim o casamento de conveniência?

Segundo li no Expresso, o último conselho de ministros, de sexta-feira passada, foi um sarilho de Estado. De um lado, Vítor Gaspar, sempre fiel ao seu fanatismo austeritário; do outro um novo grupo, formado por vários ministros do PSD e encabeçado por Portas.

Rezam as crónicas que este último terá ameaçado demitir-se, se os cortes propostos por Gaspar fossem avante. E, no braço de ferro que aconteceu na reunião, Portas tinha com ele, não só os ministros do CDS, mas também quatro ministros do PSD, porque afinal ainda há gente lúcida naquele partido.

Paulo Macedo, Paula Teixeira da Cruz, Aguiar Branco e Álvaro Santos Pereira, todos defenderam que a austeridade louca com que Gaspar se prepara mais uma vez para brindar o país, é uma tragédia e não trará nada de bom, nem a Portugal, nem ao Governo.

Cortes e mais cortes, nos salários e nas pensões, como propõe o fanático Gaspar, só trarão mais recessão e desemprego, e afundarão na desgraça e na miséria o povo. 

É bom saber que há gente no Governo que tem a noção das coisas, mas parece-me que isso, sendo boa notícia para o país, não augura nada de bom para este Governo.

É que Passos Coelho está ainda demasiado inclinado para apoiar Gaspar. Ambos têm sido paladinos intensos da austeridade "à la Merkel". Quase que se pode dizer que a Alemanha tem em Passos e Gaspar os seus mais fiéis escudeiros.

Quando, por essa Europa fora, se vão multiplicando as vozes que gritam contra a loucura da austeridade, desde Barroso a Schultz, desde a Grécia à Irlanda, desde a França à Itália, é espantoso de ver como só Passos e Gaspar ainda defendem a via germânica.

Cada vez mais isolados, Passos e Gaspar são completamente subservientes perante a Alemanha de Merkel e Schauble, e fazem tudo o que eles defendem ou mandam.

Contudo, são eles que nos governam. Passos é o número 1 e Gaspar o número 2, o restante Governo terá de se submeter às suas vontades, e portanto à visão germânica que postula a continuação de uma austeridade feroz.

Os ministros Macedo, Cruz, Branco e Pereira bem podem espernear e guinchar contra Gaspar, mas não conseguem alterar a sua determinação. Ou se submetem ou são substituídos, essa é que é essa.

Quanto a Paulo Portas, já vimos este filme umas vezes. Se lhe perguntarem se está de acordo, dirá que não está. Se lhe perguntarem se tentou alterar o rumo das coisas, dirá que tentou. Se lhe perguntarem se no final acabou por aprovar tudo, acabou por aprovar tudo.

Por mais murros na mesa que Portas dê, por mais ameaças que faça, já sabemos que, no final, lá acabará por ir a reboque de Passos e Gaspar, e marcará mais umas viagens pelo mundo para promover os nossos azeites, chouriços e produtos afins.

A vida é o que é, e as pessoas são o que são, e não há ainda em Portas a força para traçar uma linha vermelha e dizer: daqui não passam.

Era melhor para Portugal que Portas acabasse com esta farsa de uma vez por todas e esclarecesse o país que, ou Gaspar saía do Governo e as políticas mudavam, ou saía ele.

Porém, não creio que Portas seja capaz de tal acto de coragem histórica. O casamento de conveniência entre este PSD e este CDS, embora já degradado e triste, infelizmente para todos nós, deverá continuar.

Um dia, muita gente se irá arrepender de não ter tido a coragem de dizer não a este desastre que se abateu sobre Portugal. Mas, parece-me que esse dia ainda não será amanhã, data de um novo conselho de ministros onde se afundará, mais uma vez, o país. 

publicado por Domingos Amaral às 10:28 | link do post | comentar
Terça-feira, 23.04.13

Barroso e a austeridade insuportável...

O presidente da Comissão Europeia, o nosso magnífico Durão Barroso, veio finalmente constatar o óbvio, dizendo que a austeridade chegou ao limite do aceitável na maior parte da Europa, e que provoca perigosos riscos, sociais e políticos.

É espantoso como durou mais de quatro anos o discurso salvífico da austeridade, tão do agrado de tanta gente neste país e por esse mundo fora. E é espantoso que venha agora Durão Barroso criticar esse discurso de austeridade, quando durante esses mesmos quatro anos, foi um dos seus defensores mais empenhados. 

Sim, por mais cambalhotas que a Comissão Europeia e o seu presidente queiram dar em 2013, alguém terá de lhes esfregar na cara a memória do que foi a política europeia activamente promovida pela Comissão, por Barroso e pelo fanático Oli Rehn, que desde finais de 2009 apoiaram, constantemente e com grande vigor, as políticas austeritárias impostas pela Alemanha da Sra Merkel. 

Durante praticamente quatro anos, a Comissão Europeia foi um pau mandado da Sra Merkel e do Sr. Schauble. Quando eles diziam "mata", a Comissão dizia "esfola"! Os programas de ajustamento, as troikas, as austeridades violentas que caíram sobre a Grécia, Portugal, a Irlanda, a Espanha, a Itália, Chipre, e mais tarde começaram também a cair sobre a França e a Holanda, tiveram o apoio entusiástico desta gente.

Tivesse a Comissão Europeia mais lucidez e jamais teria apoiado um caminho em que só os loucos podem acreditar. A Europa está cada vez pior, cada vez com mais desemprego e mais crise, e quem quisesse ter pensado um pouco antes, bastava olhar para a história económica dos últimos 100 anos para saber que a austeridade sempre produziu desastres enormes.

Mas, é claro que Merkel e a Comissão e toda essa gente que governa a Europa não quis saber da História! Com aquela arrogância que costuma caracterizar os fanáticos, avançaram a toda a velocidade para uma austeridade bruta, cega e injusta. O resultado está à vista de todos, a Europa está moribunda, e no meio dela só a Alemanha obviamente resiste. 

Quatro anos depois, Barroso vem agora dizer o óbvio, que este caminho chegou ao fim. Pois veremos se os alemães estão pelos ajustes, mas é evidente que já ninguém na Europa acredita na austeridade. Os desastres crescem a olhos vistos e o terror de uma multiplicação de Chipres pela periferia europeia é bem real. 

Se este caminho da austeridade for invertido a tempo, e o mais depressa possível, a Europa ainda se poderá salvar. Mas, a descrença é imensa, a crise muito profunda, e a Alemanha não está ainda preparada para mudar o seu discurso e as suas políticas. Por isso, bem pode Barroso falar, mas como ele não manda nada, temo que o desastre continue.  

publicado por Domingos Amaral às 11:35 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Segunda-feira, 22.04.13

Benfica está mesmo muito forte!

Jorge Jesus saiu-se com mais uma boa metáfora, ao dizer que o que faltava ao Benfica até ao fim da época eram várias "etapas de montanha" de alta dificuldade.

Nunca tinha ouvido a comparação entre um final da época de futebol e uma prova de ciclismo, mas parece-me bastante apropriada.

De facto, ontem era mais uma chegada lá no alto, mais uma etapa dura, e o Benfica saiu-se mais uma vez muito bem. Lá estive presente no estádio com o meu filho Duarte, e foi o melhor espectáculo do ano.

Ontem, a Luz estava em grande, eufórica como ainda não a tinha visto esta temporada. Mesmo antes do jogo, já havia "holas", muita cantoria e empolgamento, e o hino foi mais uma vez arrepiante.

Ontem, senti um cheirinho do que era o Benfica que eu recordo, o Benfica do Inferno da Luz, o Benfica que eu vi chegar duas vezes a uma final da Taça dos Campeões Europeus.

Ontem, a força da maré vermelha foi imparável, e apesar do Sporting ter dado uma boa réplica, acho que ninguém tinha qualquer dúvida de qual seria o fim do filme.

O Benfica, este ano, é uma equipa em que é fácil confiar. Qualquer um de nós sente que, mais tarde ou mais cedo, a equipa vai marcar.

É verdade que o Sporting de Jesualdo se portou bem. Comparando este jogo com o da época passada, vencido por 1-0 pelo Benfica, é evidente que a equipa do Sporting tem agora menos talento em campo e também menos experiência, pois faltam Elias, Carrillo, Insua, Jeffren, e isso nota-se lá à frente, onde Capel foi uma nulidade, e Wolfswinkel quase inofensivo.

Mas, para uma equipa tão jovem, o Sporting esteve bastante bem, e conseguiu criar dificuldades ao Benfica. Só que dificuldades não são danos, e o Sporting não provocou danos ao adversário. Um ou outro remate perigoso, mais nada.

O futebol é um jogo onde o talento conta muito e ontem viu-se que o talento era todo do Benfica. Quem tem Matic (que grandíssimo jogo!), Salvio (de pé quente), Lima (que golaço!) e principalmente Gaitán (que jogaço e que jogada para o segundo golo!), não tem nada a temer, a não ser que eles para o ano já cá não estejam!

Agora, faltam as próximas etapas. Istambul, Madeira e Luz com os turcos, são mais três chegadas de alta montanha, dificílimas! A equipa terá de jogá-las a alta rotação em apenas 8 dias...Será dose tripla, mas acredito que temos capacidade para escalar estes picos! 

publicado por Domingos Amaral às 10:21 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sexta-feira, 19.04.13

Então agora há falta de crédito à economia, Dr. Passos?

Passos Coelho está sempre a surpreender-nos. Agora que decidiu ter uma nova postura, toda ela dada ao consenso e ao PS, achou por bem arranjar uns inimigos novos, alguém a quem passar as culpas pela crise.

Depois do Tribunal Constitucional, esta semana foi a vez dos bancos ficarem na mira afinada do primeiro-ministro.

Disse ele que os bancos "têm de dar mais crédito à economia", como se a culpa da recessão fosse dos maldosos dos banqueiros, que agora andam muito agarradinhos ao dinheiro e nada de o emprestarem a ninguém. 

É evidente que a "falta de crédito" na economia é uma consequência da recessão e não uma causa. E, como todos bem sabemos, a causa da recessão ser muito mais profunda do que devia ser é a Quimioterapia Financeira e Fiscal que Gaspar e Passos lançaram sobre o país.

Talvez os conhecimentos rudimentares de economia do primeiro-ministro não cheguem para saber interpretar o que se passou, mas não é muito difícil.

É assim: quando se aumenta brutalmente os impostos, directos e indirectos, e quando se tiram subsídios às pessoas, a torto e a direito, o resultado é uma economia a afocinhar na depressão e uma explosão do desemprego. 

Nessas circunstâncias, ninguém tem dinheiro ou confiança para consumir, e por isso as empresas despedem e não investem. Ora, se as empresa não investem, é evidente que a procura de crédito diminui consideravelmente.

A culpa não é dos bancos, a realidade é que eles não têm ninguém a quem dar crédito, porque ninguém quer investir numa economia neste estado decrépito em que Passos a colocou! 

Além disso, e esta é a suprema ironia moral desta história, fui eu que sonhei ou o problema de Portugal é exactamente o excesso de endividamento? Desde há dois anos que Passos e Gaspar justificam a sua Quimioterapia Financeira e Fiscal precisamente com o excesso de dívidas, seja as do Estado, seja as do sector privado, famílias e empresas. 

Mas então, dois anos depois, de repente, o endividamento já é bom e os bancos deviam promovê-lo mais? É que, caro Passos Coelho, crédito e endividamento são a cara e a coroa da mesma moeda, só muda o ponto de vista!

Não se pode massacrar um país durante dois anos, dizendo que foi o endividamento excessivo que nos conduziu até aqui e depois, quando se percebe que estamos num buraco, desatar a bramar contra os bancos porque eles...não endividam mais as empresas e as pessoas!

Em que é que ficamos, Dr. Passos: o endividamento é bom ou é mau? É que, admito que o senhor não perceba, mas eu não sei como se pode dar mais crédito sem aumentar o endividamento. E olhe que, talvez o senhor se tenha esquecido, mas esse continua muito alto. 

Sabe qual é o endividamento do país, incluindo Estado, pessoas e famílias e empresas? Segundo o Banco de Portugal, esse valor já atinge quase 440% do PIB anual! Sim, leu bem, 440%! E só 126% são do Estado (dívida pública), o restante (314% do PIB) é dívida privada!

Se calhar, Passos acha que 314% do PIB é pouco. Os bancos devem dar mais crédito, diz ele, sem perceber que isso é dizer a todas as empresas e famílias para se "endividarem" e "viverem acima das suas possibilidades"...

É este o supremo o azar de Portugal: temos um primeiro-ministro que percebe ZERO de economia! 

publicado por Domingos Amaral às 12:06 | link do post | comentar
Quinta-feira, 18.04.13

A secreta conversa entre Passos e Seguro (versão não autorizada!)

Eis o que se passou verdadeiramente ontem, no inesperado e emocionante encontro entre Passos Coelho e António José Seguro. Mal este último entrou, e depois de um cumprimento seco entre ambos, o primeiro-ministro deu início à conversa.

Passos - Ena, faz tempo que não nos víamos!

Seguro - Pois é, pá...

Passos (sorrindo ligeiramente) - A culpa é tua...Andas muito radical!

Seguro (surpreendido) - Eu? Ora essa!

Passos (sorrindo) - Ele é moção de censura, ele é eleições antecipadas, ele é Abril e Grândola, ele é rasgar o memorando!

Seguro (surpreendido) - Rasgar o memorando? Isso é completamente falso! Eu nunca disse isso!

Passos - Mas andas lá perto!

Seguro - Nada disso! Tu é que andas radical!

Passos (surpreendidíssimo) - Radical? Eu? Estás bom da cabeça?

Seguro (faz cara séria) - Sim, radical! Tirar os subísdios outra vez? É preciso ser casmurro! E não vês que isto está uma tragédia social?

Passos (encolhe os ombros) - Não me venhas com essa história da carochinha outra vez...E o Tribunal Constitucional é um ninho de esquerdalhos, toda a gente sabe!

Seguro (abanando a cabeça) - Tu não aprendes mesmo! Não olhas para o lado? Isto está uma desgraça!

Passos (franzindo a testa e olhando para o lado) - Isto o quê? Não gostas da decoração? Mantive tudo o que era do outro...

Seguro (sorri, enervado) - Não desvies a conversa! O país está de pantanas, é isso que eu quero dizer!

Passos (encolhendo os ombros) - Isso é passageiro! Tem de ser assim uns tempos, mas depois melhora!

Seguro (surpreendido) - Quando? Já lá vão dois anos e nada, está cada vez pior!

Passos (franze a testa) - Aí é que estás enganado...Os juros desceram, o país é credível, os credores acham que estamos a fazer um esforço. A Merkel adora-me, e o Schauble adora o Gaspar! Isso é que conta!

Seguro (espantado) - Mas, e o desemprego, e a recessão, e as pessoas na miséria?

Passos (suspira fundo) - Pois, é uma maçada. Mas tem de ser!

Seguro (enervado) - Não acho!

Passos (surpreendido) - Não percebo...

Seguro (ainda mais enervado) - Isto não era inevitável, a receita é que está errada, vocês foram longe demais!

Passos (sorri) - Qual é a parte da frase "Não há dinheiro!" que tu não percebes?

Seguro (ri-se divertido) - Essa não é tua, é do Gaspar...Mas já vi que neste Governo é ele que pensa!

Passos (mexe-se na cadeira, enervado) - Ó Tozé, tens de perceber uma coisa, a troika é que manda, a gente não manda nada. Nem eu, nem muito menos tu! Percebes, ou queres que te faça um desenho?

Seguro (mais calmo) - Estou a ver que te irritas com facilidade...

Passos (compõe-se rapidamente) - É pá, tem de ser. Eles é que mandam, o resto é conversa da treta!

Seguro (arqueando a sobrancelha) - Foram eles que te mandaram falar comigo?

Passos (faz de conta que não percebeu): Uhmfborrrbbvnb...eles...temos de...conversar com...

Seguro (divertido) - Foram mesmo eles! E tu fazes o que eles mandam!

Passos (incomodado) - Eles querem o consenso nacional, dizem que é muito importante...É isso, consenso, foquemo-nos nisso...

Seguro (desconfiado) - E isso o que quer dizer?

Passos (encolhe os ombros) - Não sei bem...mas é consensual...

Nasce um silêncio na sala. António José Seguro espera que Passos Coelho fale, e o primeiro-ministro espera que seja o líder do PS a tomar a iniciativa. Passam alguns minutos a olhar para a janela. De repente, entreabre-se uma porta e o novo ministro Marques Guedes espreita, sorridente.

Marques Guedes - Há novidades?

Passos e Seguro olham um para o outro e depois o primeiro diz que não com a cabeça. Desiludido, Marques Guedes retira-se, fechando a porta. Passos Coelho respira fundo e toma a iniciativa.

Passos - Então?

Seguro - Então o quê?

Passos - O que é que vocês vão apoiar? Quais cortes?

Seguro - Cortes? Que cortes?

Passos - Em todo o lado, a gente tem de cortar a direito, 800 milhões, talvez mais!

Seguro - Se for no Estado Social, estamos contra! E se for mais austeridade, também!

Passos (exasperado, abana a cabeça) - Estes tipos...

Seguro (irritado) - Qual é a parte da frase "Não queremos mais austeridade nem cortes no Estado Social" que não percebes?

Passos (preocupado) - É pá, mas isso vai levar a um segundo resgate! Não compreendes que temos de voltar aos mercados antes?

Seguro (de repente mais sério) - Nisso estamos de acordo! É essencial!

Passos (mais animado) - Então, temos um consenso?

Seguro (depois de pensar uns segundos) - Sim...pode-se dizer que temos um consenso. Mas não se pode dizer que estamos de acordo.

Passos (intrigado) - Um consenso sem acordo? E como é que isso funciona?

Seguro (encolhe os ombros) - Não sei...

Passos (enfadado) - Pois...

Seguro (compõe-se na cadeira) - Infelizmente é o que há...

Passos (suspira) - Estás quase igual ao CDS do Portas, dizem mal de tudo, mas estão connosco...

Seguro (sorri, quase imperceptivelmente) - Isso já não sei, cada um fala por si.

Passos (levanta-se subitamente) - Bom, tenho de ir. E...já agora, estamos de acordo em voltar a falar um dia destes?

Seguro (levantando-se também) - Com data ou sem data?

Passos (reflete durante uns segundos) - É melhor sem marcar, não achas?

Seguro (reflete também uns segundos) - Sim, claro! Desde que fique claro que o PS não está de acordo com a austeridade nem com os cortes no Estado Social, tenho todo o gosto em vir cá mais vezes...A decoração é um bocado feia, vê-se logo que andou aqui a mãozinha de alguém...

Passos (sorri) - Pois...Bom, até um dia destes...Vou ter de explicar isto ao Marques Guedes com alguma minúcia...Consenso sem acordo parece-me um bocado esdrúxulo, não achas?

Seguro (sorri também) - É como austeridade expansionista, não é?

Passos sorri mas é um sorriso um bocado amarelo...E decide que o melhor mesmo é chamar o Poiares Maduro, talvez ele tenha alguma ideia de génio.

 

 

 

 

 

 

publicado por Domingos Amaral às 16:19 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 17.04.13

O novo Samsung Galaxy S4 é uma bomba!

Já aqui escrevi que sou um fã descarado dos smartphones da Samsung. Qual iPhone, qual quê! Já tive os dois e o Galaxy dá cinco a zero ao telemóvel da Apple. E isto diz alguém que, por acaso, também é fã da Apple em computadores e iPad´s, por isso tem alguma legitimidade para falar.

Mas, se eu pensava que já tinha visto tudo sobre smartphones, enganei-me. A convite da Samsung, fui ontem ao Convento do Beato assistir à espectacular e divertida apresentação nacional da nova coqueluche, o Galaxy S4. Diverti-me com os momentos cómicos proporcionados pelo trio Nuno Markl, Pedro Ribeiro e Vanda Miranda, mas fiquei sobretudo impressionado com o produto apresentado, tais são as novidades da engenhoca.

Além de mais largo e mais fino, e com uma superbateria (o que é essencial), o S4 vai mais longe em várias áreas. Primeiro, tem duas câmaras, frontal e traseira, que permite colocar quem está a tirar a fotografia na própria fotografia, pois podemos juntar as imagens das duas câmaras. Em segundo, para as chamadas em vídeo é possível ver em simultâneo o que se passa cá e lá (Dual Vídeo Call). Mas, há mais!

A função "Drama Shot" permite ver toda a acção num time-lapse contínuo (todas as imagens de um movimento na mesma imagem) e a função "Sound& Shot" permite registar a voz e o som envolvente no momento em que se tira a foto, e isso poderá ser ouvido por quem recebe a imagem. "Mãe, estou aqui!" e coisas assim, passarão a ser lugares comuns. 

Depois, existe a função "Group Play" que permite a quem está à nossa volta ouvir a mesma música, partilhar as mesmas imagens ou documentos, e mesmo jogar um joguinho, e isto tudo sem necessitar de uma rede wi-fi! E, no que toca a grupos, há ainda a função "Share Music", que sincroniza vários Galaxy S4 ao mesmo tempo, criando um fantástico momento esterofónico que pode chegar ao "sensurround"! 

E se isto ainda não me tivesse impressionado, eis o que vi a seguir. O Galaxy S4 dispõe dos seguintes sistemas: "Smart Pause", que controla o ecrân através do ponto para onde olhamos, parando um vídeo se desviarmos os olhos! É verdade, o vídeo entra em pause se deixar de o olhar! Segue-se o "Smart Scroll", que faz deslizar as páginas da internet para cima ou para baixo com o mero movimento dos nossos olhos e do pulso!

Há também o "Air View" que permite por exemplo visualizar o conteúdo de um mail bastando para isso que se aproxime o dedo do ecrân, sem sequer o tocar! Além deste, há o "Air Gesture", que permite atender chamadas apenas com um simples gesto de mão junto ao telemóvel.

E, se está farto de ter muito controlos remotos em casa, com o "WatchON", o Galaxy S4 passa a ser um controlo remoto por infra-vermelhos, capaz de controlar todos os outros que existem na sua casinha.

Por fim, como se tudo isto não bastasse, o Galaxy S4 apresenta ainda a função "S Health" que monitoriza a sua saúde através de sensores integrados no equipamento. Passa a receber informações sobre o peso, as horas de sono, e registo de alimentação se o desejar!

Em conclusão: o S4 é uma bomba, muito mais do que um telemóvel, e vai mais longe do que todos esperavam. As coisas boas devem ser aplaudidas, e por isso aqui deixo os parabéns à empresa sul-coreana por este novo produto. 

 

PS: Para quem tenha dúvidas, declaro que não recebi nada por este post, nem dinheiro nem um telemóvel novo.

publicado por Domingos Amaral às 15:52 | link do post | comentar
Terça-feira, 16.04.13

Living by Numbers (estou farto de códigos e passwords!)

O século XXI é o século dos códigos e das passwords. Qualquer um de nós está absolutamente cercado por combinações cada vez mais complexas de números, letras e PIN´s. É preciso ter um livro de suporte, onde tudo está escrito, para não endoidecermos.

Ele é código para o Multibanco, para o VISA, para o cartão de cidadão ou para o cartão de gasolina, para o portão do condomínio ou para a porta da garagem.

Ele é password para o portal das Finanças, para a Amazon, para o mail, para o Facebook, para o Twitter, para o Linkedin, para a Nespresso ou para qualquer site de compras online.

Ele é Pin para o telemóvel, para o Ipad, para a box da televisão, e password para a wi-fi em casa. Ele é número de contribuinte, cartão da segurança social, número do utente, conta do banco, NIB próprio de uma conta, NIB da outra, mais códigos de cartões de outras contas; NIB para as transferências; referências para o multibanco para pagamentos vários; etc, etc.

E os códigos secretos? Sim, o que dizer quando nos chega uma folha de papel a casa dizendo que o nosso código secreto é zkl999Gaxykl223? O que se está a passar naquelas cabeças? Porque é que o G vem em maiúsculas e o resto são números ou minúsculas? O que é aquele suspeitíssimo 999? Porque é que o kl aparece sempre antes dos números?

Pior ainda é quando nos mandam mudar a password. A sua password expirou, tem de a renovar, avisou-me um mail outro dia. Expirou? Como? Morreu, dando um último suspiro valente, antes de esticar o pernil? Mas, a minha password era um hamster e ninguém me disse?

E que tal os auxiliares de secretismo das passwords? Já apanharam algum? É uma espécie de amigo secreto que, à medida que vamos colocando a password letra a letra, nos vai informando se ela é fácil de descobrir ou não.

Um dia, uma pessoa já irritada, escreveu a password "vai-tefod" e o amigo secreto informou "vai-tu" e foi aí que ele percebeu que estava alguém do outro lado! Meses depois, foi internado, mas é óbvio que isto perturba qualquer um...  

Antigamente, quando éramos adolescente, sabíamos os números de telefone principais da nossa vida todos de cor. Sabíamos o de casa, os dos avós dos dois lados, e os de vários de amigos e namoradas. Agora ninguém sabe nada de nada. Já não temos megabytes suficientes nos cérebros para decorar telemóveis mutantes de toda a gente!

Ainda por cima, com o Grande Regresso dos Telefones Fixos, as pessoas têm 1, 2 e às vezes 3 números de telefone cada uma! É de um homem dar em doido! Fala-se para o telemóvel 1, e nada. Fala-se para o telemóvel 2, nada também. Bem, a seguir vem o Fixo e se ninguém atende o que fazer? Lá vamos nós para o mail, para o Facebook, para o What´s Up, qualquer coisa...E qualquer coisa com código, ou com password, só para chatear!

Há quem tenha estratégias altamente sofisticadas para lidar com esta praga de códigos e combinações absurdas. Sim, há quem simplifique códigos e use sempre o mesmo. Tipo 1406, dia do casamento, a 14 de Junho. Pois, mas e se há divórcio? Lá se tem de mudar tudo e ainda por cima o ex-cônjuge percebe logo!

Qualquer dia, a presença das combinações de números e letras será de tal forma complexa, que até as conversas de engate terão de ter código e password. Ele, num bar, aborda-a e diz, com convicção:

- Aposto que a tua password e a minha são compatíveis!

- A tua tem números ou só letras? - pergunta ela, a rir.

- 14 caracteres...passam de minúsculas a maiúsculas quanto estão contentes.

E pronto, já estava. Era bom, não era? Se ao menos as passwords e os códigos facilitassem a vida, sempre se ganhava algum tempo!

 

publicado por Domingos Amaral às 11:58 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Segunda-feira, 15.04.13

Portas: a sua vitamina E(de economia) não está a funcionar!

Tenho lido por aí que a verdadeira razão pela qual Paulo Portas não foi no sábado à tomada de posse dos novos ministros, não foi por estar longe de Lisboa, mas sim por estar "amuado".

Como a remodelação do Governo não foi mais profunda, e o CDS não foi bem tratado por Passos, Portas fez uma pequena birra.

É bem possível que assim seja. Quem tenha seguido com alguma atenção os últimos meses de Portas, descobriu certamente uma tendência florescente na sua actividade ministrial: a sua enorme vocação para a Economia.

A maior parte das aparições de Portas pelo mundo, do Brasil ao Dubai passando pela Índia e pela Comporta, incluem intervenções de política económica.

Ele gaba as exportações nacionais, a sua vitalidade e o quanto são essenciais; e ele exorta os estrangeiros a investir, declarando que este é o melhor momento para isso.

Lá fora e cá dentro, há mais de um ano, Portas pratica um permanente discurso económico positivo, tentando apontar a luz ao fundo do túnel.

Na verdade, ele apresenta-se como um farol da esperança económica, usando uma espécie de kriptonite verbal para estimular os desanimados indígenas, ou administrando-lhes doses de Vitamina E (de economia), que revitalizem e relancem o país. 

Dessa forma, Portas procura ser o contraponto de Vítor Gaspar. Enquanto Gaspar lança impostos, Portas lança investimentos; quando Gaspar deprime, Portas anima; sempre que Gaspar massacra os portugueses com mais austeridade, Portas tenta aliviá-los dessa canga. Se Gaspar é o pólo negativo das pilhas do Governo, Portas tenta ser o positivo.

Em termos de imagem isto tem funcionado, e Portas tem subido nas sondagens, mas na realidade as coisas são menos eficazes. Por mais que Portas tente espevitar a economia com infusões de optimismo e exportações para o resto do mundo, a verdade é que na terra natal o efeito Vitamina E pouco se sente, tal é a enxurrada de austeridade que Gaspar promove, com a benção e o apoio de Passos.

Além disso, os discursos de Portas tornaram evidente o seu oculto desejo: ser Ministro de Estado e da Economia. Era uma espécie de brinde 2 em 1. Por um lado, Portas era promovido na hierarquia do Governo, por outro e com a ajuda do seu talento, rapidamente se transformaria num "ministro do Bom Estado da Economia", dando agradáveis notícias a todos, baixando IRC´s, semeando investimentos e colhendo exportações, aplicando um choque vitamínico E Super Plus ao nosso tão mal-tratado país.

Contudo, é melhor Portas tirar esse cavalinho da chuva, pois tal nunca irá acontecer. Passos Coelho não é ingénuo e não vai entregar o ouro, não ao bandido, mas ao parceiro da coligação. Dar ao CDS a pasta da Economia seria convocar a tragédia para o PSD e para o Governo, e é fácil perceber porquê.

Desde Setembro de 2012, com a questão da TSU, que se tornou clara a guerrilha de Portas às ideias de Gaspar, que o "enorme aumento de impostos" que se seguiu só serviu para amplificar. Portas está contra a estratégia "hard line" de Gaspar na austeridade, e tudo tem feito para a minar.

Dar-lhe a pasta da Economia seria transformar uma guerrilha de atrito numa guerra aberta. Ministro de Estado e da Economia, Portas teria um poder de fogo enorme para afrontar Gaspar e tentar, a prazo, correr com ele.

Ora, Passos não vai cair nessa armadilha. O primeiro-ministro, mal ou bem, confia em Gaspar e nada fará para o afrontar ou incomodar. Dar a Portas a Economia seria transformar cada conselho de ministros numa arena semanal de luta entre a Vitamina E, de Portas, e a Quimioterapia Financeira, de Gaspar. Tal batalha de gigantes só causaria desgaste interno e cisões profundas no Governo, podendo acelerar o seu prematuro fim.

Assim sendo, Portas terá de se contentar com minúsculas retaliações cirurgícas, enquanto incentiva os queixumes públicos do leal escudeiro Pires de Lima, e viaja pelas Arábias a vender azeites, vinhos ou chouriços.

A Vitamina E de Portas tem os limites que Passos deixa, não os que Portas quer...

 

publicado por Domingos Amaral às 11:19 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Sábado, 13.04.13

Benfica: em vez de sonhar...concentrar

Jorge Jesus tem dito, com razão, que está a ser uma época brilhante para o Benfica, e que pode tornar-se uma época de sonho. Assim é. Porém, em vez de sonhar, acho que o Benfica precisa mesmo é de se concentrar, pois do sonho ao pesadelo vai um saltinho!

Para quem já se tenha esquecido, em 2005 o Sporting de José Peseiro estava muito próximo de um feito semelhante. E, em apenas 3 jogos, o sonho virou pesadelo. O Sporting tinha de ir à Luz, e perdeu para o Benfica, tendo perdido depois com o Nacional em casa. Podia ter sido campeão, mas não foi. E, logo na semana seguinte, perdeu em casa a final da Taça UEFA para o CSKA.

Portanto, há que concentrar, pois apesar de estar perto do sonho, o Benfica ainda não ganhou nada. Daqui até ao final da época, a equipa pode fazer um mínimo de oito jogos e um máximo de dez, se for às duas finais que pode ir, a da Taça e a da Liga Europa.

Para a Taça de Portugal, há uma meia-final em casa, contra o Paços, para garantir a presença no Jamor, e depois haverá ou não a final, provavelmente contra o V. Guimarães. Quem pensar que são favas contadas comete um erro. O Paços joga muito e uma final é sempre imprevisível. Mas, há que admitir que é a competição onde o Benfica está mais próximo da vitória.

No campeonato, e apesar dos quatro pontos de avanço, os 5 jogos que faltam são de elevado grau de dificuldade. Primeiro, há o ressuscitado Sporting, cheio de moral, com novo presidente, um avançado que já marca mais golos, e um treinador cheio de experiência. Será muito difícil de vencer, até porque o Sporting quer chegar à Liga Europa.

Segue-se o Marítimo, que também joga para as provas europeias, e em casa é sempre muito duro de vencer. Depois, o Estoril, uma das boas surpresas deste ano, também ele a jogar para a Europa e, tal como o Marítimo, com um treinador ambicioso e desassombrado, que não irá à Luz só para cumprir campeonato. Cuidado, pois com estes dois jogos, serão decisivos para saber como entraremos no Dragão.

O Dragão é o Dragão, imprevisível, e aí tudo pode ficar decidido ou não. Se não ficar, o último jogo é em casa e contra o Moreirense. Quem pensar que será fácil, tire o cavalinho da chuva. Inácio é um excelente treinador, e a sua equipa está a jogar muito bem. Portanto, serão realmente cinco finais para o campeonato, e qualquer tropeção pode ser fatal.

Quanto à Liga Europa, o Fenerbahçe é perigoso, mas é bom neste caso o primeiro jogo ser lá. Como o Real Madrid sentiu, os turcos são sempre mais difíceis na segunda mão se jogarem em casa. Jogando na Luz a segunda partida, acho que o Benfica terá mais hipóteses de ir a Amsterdão, mas terá de estar concentradíssimo. A Lazio ou o Tottenham também eram favoritos, e viu-se o que lhes aconteceu...

Se tudo correr bem, então sim é possível sonhar com uma final em Amsterdão, talvez contra o Chelsea. Mas, por agora há mesmo é que estar muito concentrado. Como dizia Fernando Pessoa, na vida há dois tipos de pessoas, as que sonham conquistar o mundo e as que o conquistam. Espero que Jesus e esta equipa do Benfica pertençam ao segundo grupo.

publicado por Domingos Amaral às 14:00 | link do post | comentar | ver comentários (1)
 

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