A Ucrânia vai partir-se ao meio!
Tudo aponta para uma solução dividida: metade da Ucrânia, com capital em Kiev, fica do lado Ocidental.
Será a Ucrânia do Oeste, ou West Ucrânia.
O resto separa-se e será a nova Ucrânia de Leste, ou East Ucrânia.
O lado ocidental aprofundará as suas ligações à Alemanha e à Polónia, obrigando a União Europeia a defender o novo país, que talvez se integre no futuro no espaço europeu.
O lado oriental, de maioria russa, encostará ainda mais ao oriente, ao Império de Putin, tal como já acontece com a Bielorússia e outros satélites.
O problema mais grave, claro está, serão as pessoas.
Haverá famílias divididas ao meio, cidades divididas ao meio, e o que farão as pessoas que ficarem do lado de lá, ou de lado de cá, consoante o ponto de vista?
Será que ambos os lados conseguirão aceitar que há pessoas que podem querer passar de um lado para o outro?
A fronteira vai transformar-se num local perigoso, pois vai passar a ser aí que se vão travar as lutas.
A Ucrânia já é um palco de uma luta feroz e silenciosa, a luta entre a Alemanha e a Rússia.
Uma, a Alemanha, tem dinheiro, mas não tem armas.
Outra, a Rússia, tem armas, mas não tem muito dinheiro.
Nenhuma quer a guerra, mas ambas querem a Ucrânia, e portanto travarão a guerra por interpostas pessoas ou realidades.
Mas, como nem Europa nem América podem travar uma guerra na Ucrânia, Putin vai insistir e minar o frágil poder de Kiev.
Não há solução a não ser a divisão.
Uma federação ucraniana não duraria muito tempo, até rebentar.
As divisões são muito profundas, e até históricas, pois durante séculos existiram duas ucrânias diferentes.
É o mais provável que aconteça, e não deve durar muito.
Mas, até que isso aconteça, vamos ter preocupações, tiros, sangue, mortos e muitos distúrbios.