Passos Coelho e a esquizofrenia dos impostos
Na última semana, fiquei completamente baralhado com as variadas e contraditórias declarações de Passos Coelho sobre os impostos.
Num dia, o Governo apresenta um documento onde revela as subidas do IVA e da TSU.
No mesmo dia, Passos Coelho declara que "os impostos não vão aumentar".
Uns dias depois, o Governo faz saber que admite descer o IRS em 2015.
Há notícias de que o facto é "escondido" ao FMI, mas que o Governo tem mesmo essa ideia, no âmbito da reforma fiscal que está a ser preparada.
Elementos do CDS fazem saber que essa é uma óptima notícia.
A seguir, há mais notícias de que Passos quer mesmo descer o IRS, mas no mesmo dia, ou seja hoje, o primeiro-ministro declara na Assembleia da República que, se o Tribunal Constitucional não deixar passar certas medidas, os impostos terão de subir.
Em que é que ficamos?
Sobem, descem, ficam na mesma, ou tudo ao mesmo tempo?
Com tanta mudança de ideias, não admira que a questão dos "impostos" já seja uma esquizofrenia que ninguém entende.
Provavelmente, já nem o Governo sabe o que irá acontecer...