A Europa que os alemães querem só dá recessão
A Alemanha continua a desejar mais austeridade para a Europa, mesmo com a crise a bater-lhe à porta.
As principais economias do euro - Alemanha, França e Itália - estão ou em recessão, ou em anemia.
O Sul da Europa continua a patinar, com muito desemprego e muita dívida em Portugal, Espanha e Grécia.
A Irlanda melhorou apenas ligeiramente, e as coisas também não vão especialmente bem na Polónia ou na Holanda.
Quatro anos de intensa austeridade, imposta pela Alemanha da Sra Merkel, deram nisto: uma Europa em profunda crise.
As tensões políticas, como seria de esperar, multiplicam-se.
Os extremismos crescem em França, em Itália, na Grécia, e na própria Alemanha começam também a nascer.
Porém, os alemães não aprendem, nem querem abandonar a sua postura dura e teimosa.
Mesmo quando Draghi defende uma expansão da procura, com baixas de impostos e investimentos públicos, a Alemanha diz não.
Não quer nada, e ataca as intenções de Draghi de expandir a oferta monetária, baixando os juros e injectando dinheiro na economia.
Mesmo com a Europa atacada pelo desemprego, pela recessão, pela deflação e pela dívida, a Alemanha tudo rejeita e tudo sabota.
Até quando continuará esta cegueira?