O póquer está in este verão!
Este tem sido o verão em que finalmente o póquer está a chegar à televisão portuguesa com convicção.
Até aqui, o póquer parecia ser uma coisa marginal, sobretudo jogado na internet, onde há centenas de sites dedicados à atividade.
Embora em muitos países europeus o jogo na televisão seja já uma realidade importante, por cá ainda não passara da marginalidade.
No entanto, as coisas mudaram.
O principal impulso tem sido dado pela SIC Radical, que todos os domingos à noite tem transmitido o European Poker Tour, e que em Junho apresentou o "Estrelas do Poker", onde apareciam caras conhecidas do grande público, como os gémeos Pedro e Ricardo Guedes, o futebolista de praia Madjer, ou o nadador Simão Morgado, a explicar os truques do póquer.
Mas também a TVI passou várias reportagens sobre o jogo, e há igualmente o Player Channel, na Meo, que emite todos os dias programas relacionados com póquer.
Para os amantes do jogo, que deliram com truques, apostas arriscadas, bluffs e outras manifestações naturais do póquer, tem sido uma satisfação esta nova moda da televisão portuguesa.
Em Portugal, o póquer está, aos poucos, a sair do armário.
E ainda por cima Portugal também está na moda no que toca ao póquer. Este ano, o reality show "La maison du bluff”, da televisão francesa NRJ 12, foi filmado exclusivamente em Portugal.
Disputado com um cheiro a Big Brother, pois os concorrentes estão numa casa, fechados, a viver, “La Maison do Bluff” tem como elemento distintivo o facto das eliminações serem decididas como jogatanas de póquer.
Assim, quem perder as eliminatórias de póquer dentro da casa tem de sair. E há quem entre: pelo meio aparecem concorrentes novos, os vitoriosos de um jogo simultâneo que decorria na internet, com o mesmo nome.
O prémio final foi chorudo: 100 mil euros e um contrato profissional como jogador de póquer durante um ano!
O concurso já vai na sua terceira edição e tem sido um sucesso, e a terceira edição foi gravada no Algarve, numa mansão de luxo perto de Estói, de seu nome Quinta Moinho , com uma piscina enorme, vista de mar e até um spa.
Os concorrentes iniciais, 24, eram todos de nacionalidade francesa. Todos estiveram no Algarve, filmados 24 horas pelas câmaras existentes dentro e fora da casa, mesmo quando visitavam locais turísticos da região.
Um dos prémios semanais era a possibilidade de dormir numa suíte luxuosa num hotel da região, enquanto um dos castigos era ter de dormir ao relento, numa tenda, num dos terraços da Quinta Moinho.
Mas, por 100 mil euros, até que vale a pena.
Será que um dia destes ainda vamos ter uma edição de “La Maison du Bluff” em português? Não me admirava. A SIC Radical tem uma certa tradição de servir de rampa de lançamento para formatos deste tipo, originais e inovadores, que depois acabam por ser levados à produção pela SIC generalista.