Terça-feira, 25.09.12

Xistra: "Parece, mas não é"!

Descobri um novo problema em futebol: o problema do "Parece, mas não é". No domingo à noite, quando vi o Académica-Benfica na televisão fiquei com esta ideia: em todos os três penalties marcados por Carlos Xistra, no momento em que vi as jogadas pareceram-me os três penalty. O de Maxi pareceu penalty, o do Rodrigo Galo pareceu penalty e o do Garay também pareceu penalty. Naquela fração de segundo em que vemos a jogada a primeira vez, os três pareceram penalty. Depois, à medida que ia vendo repetições, cheguei à conclusão que a falta do Maxi era fora da área, que era duvidoso que a bola tivesse batido na mão do Rodrigo Galo, e que o Garay corta a bola antes do choque com o avançado da Académica. Ou seja, nos três casos, "Parece, mas não é". Parece que é penalty, mas não é. Só que isso significa que temos de admitir que Xistra viu o que nós vimos, a ele também lhe pareceram três penalties. Infelizmente para ele, não foi possível alguém mostrar-lhe as repetições das jogadas, para ele confirmar que a sua percepção inicial, tal como a minha, estava errada. Portanto, julgo que não é muito justo estar a criticar o árbitro nestes três casos. São três erros de percepção compreensíveis, e só desfeitos com os meios auxiliares televisivos de que nós podemos usufruir e ele não. Neste caso, a culpa não é de Xistra. A culpa é de quem não deixa usar a televisão como auxiliar do árbitro. Neste caso, "Parece, mas não é". 

publicado por Domingos Amaral às 11:52 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 24.09.12

Benfica em Coimbra

A propósito do empate do Benfica em Coimbra, e das reações que têm tido Jorge Jesus e os dirigentes do clube, culpando a arbitragem de Carlos Xistra pelos pontos perdidos, lembro-me logo do provérbio "em Roma, sê romano". O que é que eu quero dizer com isto? Desde que chegou a presidente do FC Porto, nos anos 80, Pinto da Costa habituou o país às suas arengas dominicais na televisão a protestar contra os árbitros, e a verdade é que isso parece ter-lhe dado muita força. A partir desses longínquos tempos, toda a gente o imitou e começou a atacar os árbitros, para "pressionar" o sistema. A inovação de Pinto da Costa fez escola no Sporting, no Benfica, no Braga e em qualquer outro clube, mesmo das divisões inferiores. Portanto, "em Roma, sê romano". O que o Benfica faz é o que o mestre em pressionar o sistema ensinou a todos há trinta anos. O futebol português viciou-se nisto e não é possível ninguém ser diferente. Não há treinador, nem dirigente, nem clube, nem jornal desportivo, nem comentador, que escape a esta teoria populista. E mais vale começar logo a guinchar no início da época do que esperar pelo fim...  

publicado por Domingos Amaral às 16:36 | link do post | comentar | ver comentários (2)
 

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