O Benfica levou um duche de água fria
Ontem, em Leverkusen, o Benfica desceu à terra, e deixou muitas dúvidas sobre o seu real valor.
Foi dos piores jogos de sempre da era europeia de Jorge Jesus, ao nível daquele que, faz agora um ano, o Benfica disputou em Paris, contra o PSG, que também foi uma miséria.
A derrota foi justíssima e a exibição paupérrima, e ficaram à vista as deficiências da equipa.
Jardel está anos luz abaixo de Garay, Samaris e Cristante ainda não se adaptaram ao lugar, Talisca eclipsou-se, e falta um avançado de grande qualidade à equipa.
Os benfiquistas não se devem esquecer que a vantagem que temos no campeonato é mais fruto da incompetência de FC Porto e Sporting, do que nosso mérito.
A verdade é esta: este ano, sempre que jogámos contra equipas mais organizadas, não conseguimos vencer. As vitórias aconteceram em cinco jogos fáceis, contra Paços de Ferreira, Boavista, Setúbal, Moreirense e Estoril.
Contra o bem organizado Rio Ave, na Supertaça, o Benfica só venceu nos penalties. Além disso, empatou com o Sporting em casa, e perdeu sem apelo contra Zenit e Leverkusen.
Portanto, a equipa resolve o fácil, mas não o difícil, o que significa que não é ainda uma grande equipa.
Quatro pontos de avanço não são nada, e não nos iludamos, este ano vai ser muito mais difícil ser campeão ou mesmo ir à Liga Europa, pois para a Champions é claríssimo que não temos andamento.