O mistério do avião desaparecido
É a história que me tem fascinado esta semana, a do avião malaio que desapareceu.
Como é que é possível o avião se ter eclipsado sem deixar qualquer rasto?
Não há sinais, comunicações, destroços, vestígios nos satélites ou nos radares.
De repente, de um momento para o outro, um Boeing desaparece, sem um alerta, um aviso, um barulho.
As autoridades de todos os países andam perplexas, confundidas, espantadas.
Os malaios fazem tudo o que podem, os chineses ajudam, os vietnamitas contribuem, os americanos interessam-se, mas nada acontece.
Cai aqui, caiu ali, caiu mais longe ou numa zona mais funda?
Ninguém sabe, ninguém descobre, é um vazio tremendo que dura há quase uma semana.
David Gallo, o cientista que descobriu o Titanic, e que ajudou a descobrir o avião da Air France que há uns anos caiu no Atlântico perto do Brasil, chama a este "o maior mistério da história da aviação".
Nem ele consegue entender porque é que não há sons, vestígios, rastos, e só um zero absoluto para angustiar todos.
Como sempre acontece nos mistérios, na ausência de uma descoberta surgem as especulações.
Há quem diga que foi terrorismo, uma bomba, uma explosão, mas os satélites não registam nenhuma anomalia térmica.
Há quem diga que viu um avião a arder, na zona onde ele devia estar a voar, mas os barcos não encontram nenhum destroço no mar, nenhum bocado de carlinga como prova.
Há quem diga que os telemóveis ainda tocam, dias depois, sinal de que podem não estar todos destruídos.
Há quem diga que o avião se afastou muito da rota, e pode estar a mais de 140 quilómetros de distância, embora ninguém consiga explicar porque é o piloto não comunicou que estava a desviar-se.
Ao longo da semana, lembrei-me da série Lost, sobre um avião que caiu numa ilha do Pacífico, e que desapareceu do mundo real, passando os sobreviventes a viver num universo paralelo, à parte.
Seria possível isso acontecer ao avião malaio?
Será possível que o avião esteja numa espécie de poço magnético, numa ilha perdida, incapaz de comunicar com o resto do mundo?
É, infelizmente, muito pouco provável.
Histórias como a da série Lost só acontecem na ficção, e o mais certo é o avião malaio estar no fundo do mar.
Mas, há ainda no meu coração uma secreta esperança num milagre desse tipo.