E diziam eles que seria o pior Verão de sempre...
Ainda se lembram do início de Julho, quando as aterradoras previsões espantaram o país, ao dizerem que este seria o pior Verão de sempre?
Afinal não é só o Governo que falha rotundamente as suas previsões, os meterologistas também falham, e à grande.
Estava o Verão a começar, titubeante, sem grandes subidas de temperatura (Junho tinha sido ameno demais para o gosto de todos), e vai daí os jornais e as televisões encheram-se de tétricas profecias.
Não ia haver grande calor, não ia haver bons dias de praia, as médias de temperaturas iriam ser as mais baixas em um século, bla, bla, bla.
Os portugueses, que continuam a acreditar nestas previsões a longo prazo, ficaram macambúzios, a pensar que ia ser um Verão perdido.
No estado em que andava a economia do país, e a juntar à crise governativa que por essa altura acontecia, a previsão de que iríamos ter um péssimo Verão ainda afundou mais as pessoas numa neura suave e tristonha, como se dissessem "andamos mesmo com azar"...
Porém, eis que em meados de Julho as coisas começam a mudar.
A segunda quinzena do mês já foi melhorzinha, sobretudo no Algarve.
Houve mesmo uma pequena vaga de calor, uma massa de ar quente africano, que fez subir as temperaturas na Estremadura, no Alentejo e no interior.
Depois, entrou Agosto e foi dos melhores dos últimos anos.
Tempo quente, pouco vento, e nem sequer os habituais dias de chuva a meio.
O mês passou-se nas praias, e na segunda quinzena, o acumular dos calores e de um vento que não sendo nortada era intenso, deu origem a mais uma vaga de incêndios, sinal de que o Verão afinal era quente.
E, pronto, já estamos em setembro mas o calor, bem disposto e agradado, parece que ainda vai ficar por cá mais uns tempos.
Enfim, espera-se uma coisa e acontece outra, bem melhor do que a que se previra.
Ainda bem que as metereologias de prazos longos não são de fiar!