As ideias do PS são bem boas
Ontem, um grupo de economistas socialistas apresentou várias propostas.
O PS, disse António Costa, quer virar a página da austeridade, fazer crescer o PIB e o emprego.
Pela minha parte, só posso aplaudir.
A austeridade bruta deste Governo foi desastrosa.
A destruição de valor a que assistimos nos últimos 4 anos foi tremenda.
O PIB português desceu muito, o desemprego cresceu, a miséria aumentou, a emigração explodiu, a natalidade caiu a pique.
Tudo coisas más.
O controle do deficit pela via do corte da despesa, pela quebra dos salários e pensões, provocou um choque recessivo violento, que fez muito mal à economia portuguesa.
E tudo isto para quê?
Para descer a taxa de juro da dívida pública.
E é verdade, a taxa desceu.
Porém, a dívida total do país cresceu muito.
Há quatro anos, era de 160 mil milhões de euros, hoje é de 230 mil milhões de euros.
Estranho, não é?
Sinceramente, parece-me que havia outros caminhos, bem melhores, que não provocavam tanta destruição económica.
E é isso que o programa do PS vem dizer, e bem.
Se aumentarmos o rendimento dos portugueses, repondo os cortes salarias, as pensões, a despesa do Estado, damos um estímulo à economia.
E com esse crescimento económico aumentamos as receitas fiscais, e reduzimos o deficit, o desemprego e a miséria.
Eu acredito que esse é o melhor caminho, bem melhor que o actual.
Até porque há uma coisa que o PS diz que me parece importante.
O PS não propõe uma descida forte do IRS.
Apenas ligeiras melhorias, daqui a um ou dois anos.
Ou seja, o que o PS nos está a dizer é que prefere um Estado mais forte, mas que o temos de pagar.
Infelizmente, este Governo deu-nos um Estado mais fraco, mas obrigou-nos a pagar impostos altíssimos.
Isso é que não faz sentido.
O que tivemos com este Governo foi merda cara.
Ficámos com Estado que faz merda (na justiça, na educação, na saúde, na administração fiscal), e pagamos essa merda caríssima (impostos muito altos).
Portanto, entre ter uma coisa boa e cara, e uma merda cara, eu prefiro a primeira opção.