A "Guerra dos Tronos" é cem vezes melhor que o PS
Há uns dias, um personagem do PSD, o Marco António, comparou as lutas internas do PS à série "Guerra dos Tronos".
Ora, por mais que se entenda a vontade de apoucar o PS, a crítica de Marco Costa passa por um perfeito disparate.
A "Guerra dos Tronos" é uma série excelente, com uma produção magnífica, um elenco fora de série, episódios fantásticos, personagens inesquecíveis e uma enorme imprevisbilidade no enredo e nos acontecimentos.
Comparar uma série de tanta qualidade com as disputas internas do PS é um insulto para a série.
No PS, não há sentido épico, nem suspense, nem acontecimentos imprevisíveis.
Há apenas uma disputa natural, e até bastante previsível, entre um líder fraco e um desafiador com qualidade.
Mas, fica-se por aí. Não há disputas sangrentas, traições femininas ou masculinas, sexo altamente excitante, combates fulgurantes e mortandade em série.
Nada disso acontece no PS.
Nem como metáfora a comparação serve, pois já existiram nos partidos portugueses disputas muito mais duras e fascinantes.
A luta Costa contra Seguro é interessante, mas não mais do que isso, e há muito pouco suspense sobre como vai acabar.
Costa é tão mais forte que Seguro, que só com milhares de manobras é que a sua eleição é evitável.
Na "Guerra dos Tronos", tudo é impossível até se tornar, de repente, possível, e tudo é muito mais excessivo e excitante.
A quarta série, que sigo religiosamente no canal SyFy, começou menos bem, e os primeiros quatro episódios estavam um bocado lentos.
Mas, de repente, tudo mudou, e os últimos três episódios têm sido absolutamente fabulosos.
Ontem, por exemplo, houve um combate que acabou com a cabeça de um príncipe esmagada pelas mãos de um gigante; e com o anão Tyrion a ser condenado à morte.
O PS, ao pé disto, é uma brincadeirinha de crianças.