Percentagem de vitórias
Desde há uns anos para cá, os ingleses inventaram uma nova forma de medir o sucesso de um treinador, a que chamaram "win percent", ou percentagem de vitórias. Para obter esse número, devemos somar dois pontos por cada vitória e um por cada empate, e depois dividir o total pelo número máximo de pontos que se poderia obter. Por exemplo, se um treinador já conduziu uma equipa em 30 jogos, dos quais venceu 20, empatou 5 e perdeu outros 5, ele obteve 40 pontos em vitórias (20x2), mais 5 pontos em empates, ou seja 45 pontos, num total de 60 pontos possíveis (30x2). Assim, a sua percentagem de vitórias será de 45/60, ou seja 75 por cento.
Apliquemos este conceito a FC Porto e Benfica este ano. O FC Porto já fez seis jogos para o campeonato, tendo obtido 4 vitórias e 2 empates. Venceu também a Supertaça, e os seus dois jogos na Champions. Tem pois 7 vitórias e 2 empates, o que dá 16 pontos em 18 possíveis, ou seja uma percentagem de vitórias de 88,8%, da qual se pode orgulhar Vitor Pereira, pois é bem alta.
Já Jorge Jesus está um pouco abaixo disso. Tem 4 vitórias e 2 empates no campeonato, mais um empate e uma derrota na Champions. Ou seja, conseguiu 11 pontos em 16 possíveis, o que dá um "win percent" de 68,75%, consideravelmente abaixo do de Vítor Pereira.
Além disso, o FC Porto marcou 19 golos em nove jogos (média de 2,1 por jogo) e sofreu 4 golos nos mesmos 9 jogos (média de 0,44 por jogo). Já o Benfica, marcou 16 golos em 8 jogos (média de 2 por jogo) e sofreu 8 golos em oito jogos (média de 1 golo por jogo).
Portanto, embora ainda só tenham existido poucos jogos, as estatísticas levam-me a pensar que o FC Porto continua mais forte que o Benfica, pois vence mais jogos, marca mais golos e, sobretudo, sofre menos golos.
O que me vale é que, nesta altura da época, a estatística ainda não significa muito.