Sexta-feira, 08.11.13

Europa: a armadilha da dívida e da deflação

Ontem, o sr. Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu, admitiu pela primeira vez que a Europa pode estar confrontada com um novo e grave problema, a deflação!

A deflação é o oposto da inflação, é um processo continuado de descida de preços, e é tão perigosa ou mais que a inflação.

Numa deflação, as pessoas esperam que os preços desçam, e por isso não consomem, pois amanhã poderão comprar mais barato do que hoje.

Portanto, em vez de consumirem, poupam.

Assim, o crescimento económico é mais difícil, e é isso que se está a passar na zona euro, e por isso Draghi desceu as taxas de juro do BCE.

Mas, a deflação traz outro grave problema: embora os preços dos bens e dos ativos desçam, as dívidas não descem de valor, pelo contrário, há um aumento real do seu valor!

Com deflação, é muito mais difícil pagar dívidas, e é esse também o drama da zona euro, sobretudo dos países que estão muito endividados, como Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Itália ou Chipre.

Porém, ninguém se deve espantar que isto esteja a acontecer.

Já nos anos 30, o economista Irving Fischer tinha escrito sobre esta situação, a chamada "armadilha da dívida e da deflação". 

Nessa armadilha, quando os países caem nela, quanto mais dívida pagam, mais devem!

Os esforços para reduzir a dívida, se forem muito pronunciados, se a austeridade for muito forte, provocam recessão, e isso leva à subida da dívida em percentagem do PIB!

É o chamado "paradoxo da desalavancagem": quando todos cortam as despesas ao mesmo tempo, isso gera uma tal contração, que todos ficam pior no fim, ainda com mais dívida.

Ao mesmo tempo, a deflação faz com que as pessoas poupem mais, e nasce o segundo paradoxo, o "paradoxo da poupança"!

Supostamente, é boa ideia poupar, ainda por cima em tempos difíceis como os que atravessamos. Contudo, se toda a gente poupar ao mesmo tempo, consome-se menos e a economia encolhe.

Lembram-se de Passos Coelho ter dito recentemente que os portugueses "tinham poupado demais"?

Pois é, tanto os assustaram, e tanto lhes cortaram o rendimento disponível, que eles se assustaram e pouparam muito, o que retraiu ainda mais a nossa economia!

São esses mecanismos que geram o sarilho em que a Europa está hoje metida.

A cruzada austeritária liderada pela Sra Merkel deu nisto: uma Europa sem crescimento económico, cheia de desempregados, e confrontada com o drama da deflação!

As fúrias contra a despesa do Estado, os ajustamentos austeritários, os programas das "troikas", conduziram a Europa a este terrível cenário.

E, pelo meio, os únicos que estão bem são os alemães, que batem recordes de excedentes comerciais, enquanto os outros se afundam em déficits.

O caminho da austeridade está a dar cabo da Europa, de Portugal e de vários outros países, e mais tarde ou mais cedo vai gerar-se um abismo entre os alemães e todos os outros. 

Ou as políticas europeias mudam, e se volta a apostar no crescimento e na despesa dos Estados, ou todo o edifíico do euro e da união monetária ficará em risco, e a divisão entre um Norte rico e um Sul pobre vai provocar um cisma poderoso!

 

publicado por Domingos Amaral às 12:36 | link do post | comentar
Quinta-feira, 07.11.13

Mateus Solano, ou como um grande actor pode ser um bom gay!

Mateus Solano é provavelmente um dos melhores actores brasileiros da nova geração.

Já tinha gostado muito dele na Gabriela, em que fez de Dr. Mundinho, o jovem político que desafiava o Coronel Ramiro Bastos.

Mas, a sua interpretação como Felix, na telenovela "Amor à Vida", que passa na SIC agora, é verdadeiramente fenomenal!

Felix é um homossexual não assumido, que casou porque o pai mandou, que não gosta da mulher mas a atura.

Além disso, é também mal formado, cheio de ódiozinhos, capaz de trair e lixar todos os que se metem no seu caminho.

Mas, é como gay que ele reaje a quase tudo, com gritinhos tontos, efeminados; com preocupações e tiques reveladores da sua natureza.

E é aí que Mateus Solano se revela genial, conseguindo que, apesar de a personagem ser repelente, nós fiquemos verdadeiramente subjugados pela sua capacidade de ator.

Ele é muito convincente, como gay, e ainda mais como gay não assumido, a quem a natureza leva a reagir de uma certa forma, mas depois sente a necessidade de travar as suas reações, para que ninguém, sobretudo o pai, desconfie dele.

A rir, a chorar, a praticar maldades, a intrigar, a desconfiar, a tentar seduzir outros homens, Mateus Solano é fabuloso.

Até há poucos anos, eram poucos os heterossexuais que tinham coragem para interpretar uma personagem homossexual.

Havia uma ou outra mulher, e muito poucos homens capazes de disso, talvez porque temessem que a imagem gay os prejudicasse depois na sua vida pessoal ou profissional, criando desconfianças ou hostilidades.

Porém, homens como Mateus Solano quebram essa barreira, provando que é perfeitamente possível, desde que se seja bom actor, interpretar um gay, mesmo não o sendo na sua vida pessoal.

Na América, há outro caso idêntico.

O ator chama-se Eric Stonestreet, e é o famoso "Cam" da comédia Modern Family.

Também aí temos uma fantástica representação.

Cam forma um casal gay, e é extremamente convincente como gay, o que mostra como ele é um grande actor, pois nós acreditamos piamente que ele é 100 por cento gay.

São dois grandes exemplos de uma enorme mudança que se está a dar em frente dos nossos olhos, de mais uma barreira de preconceitos que cai.

Embora Modern Family (de que sou um fã incondicional) seja muito melhor do que Amor à Vida, certas noites dou por mim a ver a telenovela da SIC, só para ter o prazer de ver um grande actor a representar. 

publicado por Domingos Amaral às 12:29 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Quarta-feira, 06.11.13

A Alemanha anda a lixar o euro?

Nas últimas semanas, a Alemanha tem sido muito criticada, seja pelos americanos, seja pelo FMI, seja até subtilmente pela Comissão Europeia.

A causa das críticas é simples: a Alemanha tem um enorme excedente comercial, exporta muito mais do que importa, e isso tem desequilibrado muito a situação na zona euro.

Os outros países, sobretudo os países do Sul, têm grandes déficits comerciais e de capitais com a Alemanha, e apesar de os estarem a tentar corrigir, com tremendos esforços e profundas recessões, o equilíbrio não volta, pois a Alemanha não faz nenhum esforço para corrigir o seu excedente.

A economia é assim, cada moeda tem sempre duas faces.

Se nós temos um déficit na balança comercial ou de transações correntes, alguém tem de ter um excedente. Para que este desequilíbrio se consiga corrigir, ambas as partes têm de alterar as suas políticas.

Contudo, os alemães não aceitam este princípio.

Eles acham que os déficits dos países do Sul existem porque eles são pouco produtivos, pouco competitivos, e consomem demais, importanto mais do que deviam.

Mas, acham que o seu excedente é virtuoso, sinónimo de competitividade alemã e de vitalidade económica, e não querem deixar de o ter.

Portanto, não querem saber nem de conselhos nem de críticas.

Não querem subir salários na Alemanha, não querem mais inflação, nem querem ter de importar mais.

Ou seja, querem continuar como são, porque se julgam melhores que os outros.

Porém, assim não há equilíbrio.

Por mais que os países do Sul tentem corrigir, gastando e importando menos, se a Alemanha não puxar pela sua economia, os países do Sul não conseguem exportar para lá, e por isso não conseguem crescer.

É pois, ou devia ser, evidente para todos que o euro não está a funcionar bem.

Não é possível aceitar que só a Alemanha ganhe com o euro, como tem ganho.

Foram 10 anos de grandes excedentes para a Alemanha, e grandes déficits para os países do Sul!

Para muitos países, começa a não fazer sentido estar numa união monetária em que só a Alemanha ganha, e quase todos os outros perdem.

Se os alemães não perceberem isto depressa, e continuarem cegos, o que é o mais provável porque eles se acham superiores a todos os outros, em breve será impossível sustentar um euro que provoca estes graves desequilíbrios.

Antes do euro, a única forma que os outros países tinham de impedir esta supremacia da Alemanha, era desvalorizarem as suas moedas.

Agora, não têm essa arma, e por isso estão reféns da Alemanha, que os despreza e humilha constantemente.

Ou isto muda depressa e a Europa se transforma nuns Estados Unidos da Europa, ou a coisa, mais cedo ou mais tarde, fica insustentável.

Que sentido faz termos uma moeda que nos prejudica e empobrece?

 

publicado por Domingos Amaral às 13:06 | link do post | comentar
Terça-feira, 05.11.13

Última opinião do ministro Crato: Portugal um ano sem comer!

Este Governo, quase todos os dias, dá-nos razões para nos divertir. 

Pode ser um Governo muito duro, muito austero, muito dado a chatear a população com os seus cortes, mas ao mesmo tempo é um Governo com uma capacidade criativa inesgotável, e com um sentido de humor apuradíssimo.

Nas últimas semanas, tivemos por exemplo o "milagre económico" do Dr. Pires de Lima, e o "1640 financeiro do Dr. Portas".

Agora, temos mais uma pérola produzida pelo ministro da Educação, o Dr. Crato.

O que disse ele? Algo muito simples: "só é possível Portugal pagar a sua dívida se ficássemos todos um ano sem comer!" 

É uma frase brilhante, digna de um manual de ciência política, ou mesmo de macroeconomia.

Que digo eu? Que mania que as pessoas têm de levar estas coisas à séria. Eu próprio, às vezes deixo-me contaminar pelos vírus da seriedade!

É evidente que o Dr. Crato estava a dizer uma graçola! 

Dizer que, só ficando um ano sem comer é que se paga a dívida só pode ser piada, pois o Dr. Crato sabe muito bem que ninguém sobrevive um ano sem comer!

O Dr. Crato não quer matar ninguém à fome, como é evidente. E também não quer que ninguém deixe de comer, ou coma menos, para pagar as dívidas.

O que o Dr. Crato quer é ter graça, ser divertido! Quer aliviar a crise com piadas, para que as pessoas se riam, e se sintam um pouco melhor a rir.

Na verdade, o que o Dr. Crato quis dizer foi que é impossível pagar a nossa dívida!

Ao explicar que, só ficando um ano sem comer, (uma impossibilidade biológica que conduziria à morte), é que pagamos a dívida, o Dr. Crato está a dizer que é impossível pagá-la, e portanto temos de procurar outras soluções.

Ou terei sido eu a perceber mal?

Bom, na verdade o que me encanta nisto tudo é que até nas piadas o Governo é mal coordenado.

Então numa semana o Dr. Pires de Lima diz que está a acontecer em Portugal um "milagre económico" e na semana seguinte o Dr. Crato diz que, para pagar a dívida, só ficando sem comer um ano?

Não haverá aqui, por assim dizer, uma certa incoerência nas graçolas? 

Se está a acontecer um "milagre económico" para quê ficarmos todos um ano sem comer?

Ou será esse o "milagre económico", salvar o país conseguindo que ele não coma um ano inteiro?

Vou telefonar ao Ricardo Araújo Pereira, para o avisar para ele se pôr a pau, que este Governo é concorrência forte para ele...

 

publicado por Domingos Amaral às 12:36 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 04.11.13

Parabéns aos blogs do Sapo pelo seu décimo aniversário!

Os blogs do Sapo fazem hoje 10 anos, o que já é uma idade importante, e merece ser destacada!

Embora eu tenha chegado recentemente, há coisa de ano e meio, já me sinto em casa!

Aqui, tomam sempre bem conta de nós, ajudam-nos sempre que é preciso, e ainda por cima dão muito importância ao que nós escrevemos!

Os blogs do Sapo não só têm excelentes soluções gráficas e técnicas, como têm uma assistência de primeira qualidade, e puxam por nós a toda a hora.

Há ligações que são destacadas, há uma boa seleção todos os dias do melhor que vai aparecendo em todos os blogs alojados no Sapo, e há uma constante comunicação, com o público, e sobretudo com os autores dos escritos.

A oferta de blogs do Sapo é aliás uma verdadeira floresta amazónica de espécies fantásticas que existem na blogosfera.

Às vezes, qual explorador, lá vou eu, andando por ali e tenho descoberto excelentes exemplares de blogs, interessantes e entusiasmantes.

Acho que quem trata desta vasta casa, desta vasta floresta de letras, grafismos e templates, merece os parabéns!

Portanto, aqui deixo o meu brinde aos blogs do Sapo, e um aplauso pelo profissionalismo e dedicação à blogosfera!

Abraços gerais! 

publicado por Domingos Amaral às 13:05 | link do post | comentar | ver comentários (1)

O 1640 do Dr. Portas é um divertido delírio!

Na semana passada, Paulo Portas teve um dos seus momentos de delírio, e comparou a saída da "troika" à libertação de Portugal do jugo dos Felipes de Espanha.

2014 seria assim um 1640 financeiro, um momento épico da história do país, onde voltaríamos a ser gloriosamente independentes! 

Estas comparações históricas não deixam de ser divertidas, mas são normalmente um bocado superficiais, e não resistem a um confronto mais pormenorizado com a realidade.

Convém lembrar ao Dr. Portas que, em 1640, Portugal era um reino cujo rei era espanhol.

Depois de umas escaramuças, e de um vazio de liderança por cá, os reis espanhóis tomaram conta disto, e mandavam em nós.

A "ocupação" durou 60 longos anos, e só quando se encontrou um candidato à altura de ser rei de Portugal, é a que a coisa se resolveu, com mais uma guerra pelo caminho.

1640 foi pois um momento de libertação de uma ocupação política, militar e económica.

Ora, que eu saiba, não é isso que se passa em 2013.

Que eu saiba, Portugal não foi invadido pela "troika", contra a sua vontade.

Pelo contrário, foi o país que pediu ajuda, candidatando-se a uma resgate internacional.

E quem é que nos ajudou? 

Bem, que eu saiba, foram países que, como Portugal, fazem parte de uma entidade política comum, a União Europeia.

Que eu saiba, ninguém nos obrigou, pelas armas, a pertencer à União Europeia e ao euro.

Foi uma coisa voluntária, e bastante consensual, por cá.

Não fomos invadidos, nem ocupados, cedemos a soberania porque quisemos, e porque achámos que isso era bom para nós.

Portanto, que eu saiba, a "troika" não representa potências ocupantes, pelo contrário, representa-nos a nós mesmos, e aos nossos aliados e amigos, que responderam ao nosso pedido de ajuda.

É claro que podemos dizer que esses nossos amigos não são muito generosos, e nos obrigam a fazer coisas que nós não gostamos.

Mas dizer que isso é uma "ocupação" semelhante à dos espanhóis, é capaz de ser um pouco exagerado, não é verdade?

Acrescente-se ainda que não tenho notado que este Governo seja contra a "troika".

Bem pelo contrário, desde o primeiro dia disse que queria ir além da "troika"!

O que nos deixa um pouco perplexos, pois se a troika é uma potência ocupante, e queremos libertar-nos dela, talvez seja um pouco complicado de perceber porque é o Governo cumpre rigoramente o que a "troika" manda, e até faz mais do que o mandam.

O estranho é que, se admitirmos o raciocínio de Portas, de que estamos ocupados, então a conclusão lógica é de que Passos e Portas não passam dos meros executores da política de ocupação, e portanto são umas "marionetas espanholas", como foram muitos durante os 60 anos da ocupação dos Felipes...

Mas, a coisa é ainda mais estranha, se pensarmos que, depois de 2014, da famosa "hora da libertação", do Dia da Independência do Dr. Portas, nós vamos continuar exactamente na mesma, a pertencer à União Europeia, no euro, e a ter de fazer tudo o que eles nos mandam!

Não se consegue perceber bem onde é que estará a independência nesse dia, mas se calhar o burro sou eu!

Portanto, o 1640 do Dr. Portas vai ser o dia em que vamos...continuar exactamente na mesma, a receber ordens de Bruxelas!

Os Filipes, caro Dr. Portas, foram-se embora, corridos daqui numa guerra.

Os europeus vão continuar por cá, e a mandar cada vez mais.

Não se iluda, Dr. Portas, o dia da Independência é uma fantasia da sua cabeça.

Os senhores da "troika" podem deixar de cá vir ter reuniões, mas o senhor continuará a andar às ordens da Sra Merkel...  

publicado por Domingos Amaral às 11:30 | link do post | comentar | ver comentários (11)
Sexta-feira, 01.11.13

Tem toda a razão, Dr. Álvaro Santos Pereira, é pena é que...

Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia de Passos Coelho, abriu ontem a alma.

Liberto das amarras do poder, disse finalmente o que pensa sobre o que se passa em Portugal e na Europa.

Para ele, não há qualquer hipótese de assim se pagar a dívida pública nacional. A única forma de o fazer é reescalonar a dívida, pagando a 40 ou 50 anos.

Para ele, a austeridade cega está a destruir as economias, as sociedades e até as democracias, e se continuar, pode gerar ditaduras em certos países.

Para ele, é terrível quando os ministros das Finanças mandam na Europa, sem dar espaço aos outros.

Para ele, Portugal não voltará ao crescimento económico se não for feita uma enorme descida da carga fiscal.

Devo dizer que sempre gostei de Álvaro Santos Pereira, e ainda gosto mais de o ouvir dizer isto tudo, quase tudo coisas que aqui venho defendendo, ou pelo menos soluções semelhantes, no mesmo sentido das dele.

Nem sempre estive de acordo com certas soluções do Ministro, como por exemplo no corte nos feriados, que como hoje se vê não altera rigorosamente nada à produtividade dos portugueses. 

No entanto, sempre senti em Santos Pereira um enorme desconforto, nem sempre verbalizado, com a solução que a Europa impôs à bruta, e que Passos Coelho quis cumprir na íntegra, ou até mais além.

É pois reconfortante ouvir Santos Pereira reconhecer a realidade e as suas convicções.

De facto, a dívida pública nacional não se paga com autoridade e exportações, só se paga se for reestruturada, reescalonada ou mutualizada pela Europa.

Não há outra solução, e só os teimosos, os estúpidos e os mal intencionados não o admitem.

E é evidente para todos que a austeridade está a destruir certas economias, e está a levar ao crescimento dos populismos de direita ou de esquerda, pondo em risco as democracias. Só não vê quem não quer ver.

Também estou de acordo com ele quando diz que, se os ministros das Finanças mandam na Europa, a coisa fica feia.

Schauble e os seus acólitos são demasiado obtusos e tortos para perceberem o que está em causa, e tem sido trágico que só eles comandem o destino da Europa, ajudados por uns metecos sem ideias, como Barroso, Merkel e outros.

A minha grande pena é que pessoas inteligentes, como Santos Pereira, não sejam capazes de mudar o poder por dentro, e só falem quando já não estão em posições de poder.

Antes de Santos Pereira, tinha sido Juncker, o luxemburguês, a dizer coisas semelhantes.

Mas, a verdade é que o poder está na mão do Império do Mal, dos Darth Vader da austeridade.

São eles que mandam, e enquanto isso acontecer, a Europa não vai mudar. 

publicado por Domingos Amaral às 16:06 | link do post | comentar | ver comentários (3)
 

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