O descalabro do euro
Espanha entrou em espiral depressiva, Itália está em perigo, o desemprego continua a subir para níveis assustadores em Portugal e na Irlanda, e a Grécia está de novo à beira do precipício. Neste início de Agosto de 2012, há cada vez menos europeus a acreditarem no futuro da Europa, e a crise em vez de aliviar está-se a agravar de dia para dia. Como é que vamos sair deste enorme sarilho onde todos nos metemos? O euro, em vez de ser um grande promotor do crescimento económico e da prosperidade, transformou-se num cemitério de empregos, de empresas, de bancos, de governos e de Estados. Se compararmos por exemplo o Portugal de 1998 com o Portugal de 2012, o cenário é aterrador. Em 2012 está tudo pior. Há mais desemprego, menos crescimento económico, mais pobreza, impostos mais altos, mais dívidas, mais emigração, salários mais baixos e menos benefícios fiscais. E isto passa-se não só em Portugal, mas também na Grécia, na Irlanda, em Espanha, em Itália e um pouco em França. Era isto que nós queríamos quando entrámos para o euro? Catorze anos depois está tudo pior, não se aproveita nada...