Se eu fosse um jovem europeu gostava de ser universitário em Portugal
Portugal nunca virá a ser a maior praça financeira da Europa, nem nunca terá a indústria mais forte da União.
Nunca seremos os melhores em carros, medicamentos ou maquinaria pesada.
Mas, há duas faixas etárias em que o nosso país pode ser muito competitivo: na 3ª idade e nos jovens universitários.
Para os mais velhos, o que parece melhor: envelhecer em Portugal ou envelhecer na Alemanha?
Com o nosso clima e a nossa hospitalidade, sem problemas de crime, e com bons hospitais, é muito mais agradável envelhecer em Portugal, do Minho ao Algarve, do que envelhecer na Baviera, ou mesmo nas chuvosas Ardenas.
As pessoas, quando chegam a uma certa idade, querem é "papas e descanso".
E Portugal é um óptimo local para as "papas" (come-se melhor por cá do que na maior parte da Europa), e para os "descansos" (o clima é bom, e a serenidade total).
Mas, também para os jovens Portugal é bastante atraente.
Preferem estudar em Varsóvia, Praga, Antuérpia ou Lisboa?
Meus amigos, se eu fosse jovem universitário europeu, não pensava duas vezes.
Portugal é o único país da Europa onde se pode estudar de manhã, fazer surf à tarde e sair à noite para beber um copo.
As praias são óptimas e não há outra capital europeia que tenha, à distância de uma pequena viagem de carro praias semelhantes ao Guincho, à Ericeira ou à Caparica.
Além disso, a noite é boa. Sim, já foi melhor, mas o que há é bastante agradável, e as raparigas dançam muito bem.
É pois essencial que se faça uma aposta cada vez mais forte nas universidades, em muitos cursos, desde a engenharia à informática, desde a arquitectura à gestão.
Neste último caso, já estamos muito bem.
Tanto a Católica (onde dou aulas) como a Nova, estão muito bem colocadas nos rankings interncionais, tanto nos MBAs, como nos próprios cursos.
As aulas já são em inglês e muitos dos alunos são estrangeiros.
No meu caso, por exemplo, na cadeira de Sports Economics, do terceiro ano dos cursos de Economia e Gestão, de um total de 35 alunos, 15 ou 16 eram estrangeiros, provenientes de muitos países diferentes.
É uma tendência crescente, e Portugal tem de aproveitar essa vontade que os jovens sempre têm de estudar fora do seu país original.
A Florida para os mais velhos, e uma Oxfam (Oxford e Cambridge) lusitana para os mais novos!