Terça-feira, 25.03.14

Mais um fanático da Guerra dos Tronos

Cheguei a esta série muito atrasado, tarde e a más horas.

Tinha sobre ela uma vaguíssima opinião, do género "é uma espécie de Senhor dos Anéis", que me levava a ignorar os episódios, o buzz, o marketing geral e o boca-a-boca positivo que muitas vezes ouvia.

A verdade é que foi muito tempo a ignorar uma evidência: estava a perder uma grande série.

É assim mesmo, e hoje já posso dizê-lo sem dúvidas: "A Guerra dos Tronos" é uma grande série de televisão, uma das melhores dos últimos anos.

Um dia, decidi começar a vê-la no SyFy, e fiquei viciado.

Aquela saga dos sete reinos, com os Stark, os Lannister, a Mãe dos Dragões e mais uma mão cheia de personagens inesquecíveis, agarrou-me e ainda não me largou.

Estou agora a terminar a 2ª temporada, e espero ainda conseguir ver a 3ª a correr, aos 2 e 3 episódios por dia, antes de me preparar para a grande estreia da 4ª temporada, que está aí a chegar.

Há algo de grandioso na série, com os seus dragões, os seus Caminhantes Brancos, as suas lutas sangrentas, que nos fascina, como se aqueles tempos do impossível e do improvável tivessem mesmo acontecido.

Ah, e o anão também é genial, sem dúvida, mas não acho que seja a feitiçaria e o surrealismo que nos caçam, é mais o diálogo, a estranheza daquelas pessoas, os seus costumes, e sobretudo a imaginação delirante que produz aquele universo.

Uma história é sempre um Universo novo, onde tudo o que antes de passou volta a acontecer de forma original.

E este Universo dos Sete Reinos, do Domínio, da Muralha, é fascinante.

Tem política, sexo, guerra, traições, perversões, magia, estética, guarda-roupa, e muitas coisas mais.

Está quase a entrar para o meu top 5 das melhores séries de sempre, onde estão os Sopranos, o 24, o Lost, o Colditz, e o Espaço 1999. 

publicado por Domingos Amaral às 11:19 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Terça-feira, 30.07.13

The Bridge: uma excelente série na Fox

Já estava com saudades de uma série assim. 

"The Bridge", que passa na Fox, todos os sábados às 22.20, é excelente.

Tem tudo para nos prender: uma história misteriosa, um crime horroroso, excelentes personagens.

Enfim, uma série daquelas mesmo boas, que apetece ver episódio a episódio, sem parar.

Tudo se passa entre El Paso e Ciudad Juarez, na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Um corpo de uma mulher foi deixado na ponte que separa os dois países, cortado ao meio, e quando se investigou melhor percebeu-se que eram dois corpos, a parte de cima pertence a uma juíza americana, anti-imigração de mexicanos, e a parte de baixo pertence a uma mexicana, que foi assassinada.

Neste ambiente carregado, onde se misturam os cartéis da droga, os imigrantes, os polícias corruptos, os serial-killers, e o culto da senhora de la Muerte, uma espécie de Nossa Senhora da Morte, a padroeira dos criminosos de Ciudad Juarez, há uma tensão permanente, e um ambiente sinistro e fascinante.

Dois grandes personagens também: o inspector Marco Ruiz, mexicano, e Sonya Cross, a inspectora americana, loira e disfuncional com as pessoas, numa grande interpretação de Diane Kruger.

Vale bem a pena, e eu passo a semana a pensar no próximo episódio.

publicado por Domingos Amaral às 12:58 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 20.06.13

Foi-se um Soprano, o melhor de todos...

Morreu James Gandolfini, o melhor e mais importante Soprano da minha vida.

Morreu de repente, de ataque cardíaco, o mais inesquecível mafioso da televisão americana.

Mais conhecido como Tony Soprano, foi o único mafioso que quase chegou ao estatuto olímpico de Marlon Brando ou Al Pacino, esses imortais.

Mas Gandolfini andou perto, com os seus relógios e fios dourados, com os seus tiques, as suas zangas, os seus sorrisos, as suas amantes e as suas malícias.

"Os Sopranos", que há umas semanas foi eleita a série mais bem escrita de sempre da televisão americana, são uma obra de arte, episódios espantosos, um atrás do outro, sobre a vida daquela família nos arredores de Nova Iorque.

Passei meses a fio a ver "Os Sopranos". Nunca na televisão, à hora que davam, sempre em DVD, pois não aguento o ritmo semanal, a espera por um novo episódio.

Quando gosto de uma série, e foram muito poucas as que gostei tanto como "Os Sopranos", mergulho nela dia e noite, vejo sete, oito, dez episódios de seguida, até os meus olhos se renderem e já sentir martelos na cabeça.

Os diálogos são inesquecíveis. Tony e Carmela, Tony e os amigos, Tony e os filhos, Tony e os inimigos, num caos suburbano perigoso e sangrento, mas também neurótico e desequilibrado.

Que saudades, já não se fazem coisas destas há quanto tempo?

Tony era inimitável, com aquele seu ar de urso afável e meigo, mas com precipícios lá dentro, capaz de num segundo passar ao ataque, enfurecido.

Nunca tinha existido na história do cinema e da televisão um mafioso que vai ao psiquiatra, que tem angústias, ataques de pânico, desmaios, que é atormentado pela mãe dominadora.

Era essa bipolaridade de Tony Soprano que nos fascinava, e Gandolfini era um mestre a encarná-la.

No fim, ontem, ele teve sorte. Morreu no país mais bonito em que se pode morrer, Itália.

E morreu no país onde a lenda dos mafiosos começou, o que para um actor que se tornou famoso como um deles, é um encontro histórico com o destino. 

 

publicado por Domingos Amaral às 12:10 | link do post | comentar
 

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