Terça-feira, 25.06.13

Uma boa crítica ao meu livro "O Retrato da Mãe de Hitler"

Aqui deixo a crítica ao meu livro "O Retrato da Mãe de Hitler", escrita por Rui Azeredo, no seu blog Porta-Livros.

http://portalivros.wordpress.com/2013/06/24/o-retrato-da-mae-de-hitler-domingos-amaral/

publicado por Domingos Amaral às 12:16 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 11.06.13

Viva a Feira do Livro, e obrigado aos meus leitores!

Se há coisa que faz bem ao ego de um escritor é ir à Feira do Livro de Lisboa e bater todos os recordes pessoais de autógrafos!

Para mim, este foi o melhor ano de sempre na Feira do Livro. Fui lá por três vezes, e dei autógrafos como nunca antes tinha dado.

Nos dois sábados que lá estive, passei mais de duas horas e meia a autografar livros. É impossível não ficar agradecido às centenas de leitores que me procuraram este ano, e que tão bem me fizeram.

Há mais de dez anos que vou, todos os anos, um ou dois dias à Feira do Livro. Já tive anos bons, anos assim-assim, anos maus, e tive mesmo um ano muito mau. 

Das vezes que me corria mal, ficava umas horas deprimido, com a sensação de que ninguém gostava dos meus livros.

Mas, esses dias foram importantes para aprender a blindar o ego a essas volatilidades. O sucesso e o insucesso vão e voltam. Sei que não devemos deslumbrar-nos com o que de bom acontece, nem entristecer-nos quando as coisas não nos correm bem. O importante é tentar, tentar sempre, e continuar a escrever.

Mas, quando as coisas nos correm bem, como este ano, é impossível não sentir uma enorme satisfação interior, e uma sensação de gratidão para com tanta gente que me procurou.

Um escritor sem leitores faz pouco sentido, e um escritor com leitores ilumina-se e prossegue, mais forte e mais crente em si mesmo.

É por isso que agradeço a todos os que me incentivam e me estimulam para continuar. Na Feira do Livro, olhar nos olhos das pessoas é o que nos aumenta a alma. 

É claro que ter um novo livro ajuda. "O Retrato da Mãe de Hitler" foi este ano um dos livros mais vendidos na Praça Leya, e isso encheu-me de orgulho.

É por isso também que tenho de agradecer publicamente a todos os que para isso contribuiram, em especial a equipa da minha editora, Casa das Letras, que tudo tem feito para me fazer crescer enquanto escritor. Obrigado a todos.

E já agora, uma palavra para todos os que se envolvem na Feira do Livro de Lisboa. Dos promotores às editoras, dos autores aos que vendem nos pavilhões, todos estão de parabéns, a Feira este ano foi um sucesso!

 

publicado por Domingos Amaral às 11:29 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sexta-feira, 24.05.13

O amor deixa-nos sempre em alarme

"O amor deixa-nos sempre em alarme.

Alarma-nos quando começa, ou quando não é correspondido; alarma-nos enquanto dura, e mesmo que seja correspondido; alarma-nos quando acaba e nos dói; e continua a alarmar-nos mesmo que tenham passado mil anos desde o dia em que acabou.

Não há homem, nem mulher alguma, que não se alarme enquanto ama, e também não há homem nem mulher alguma que, ao cruzar-se com uma pessoa que um dia amou, não sinta um sacudimento de alarme.

Muito tempo já passou, e sabemos que já não amamos essa pessoa. No entanto, alarmamo-nos como se ainda a amássemos, como se a força dos sentimentos que um dia sentimos ainda nos dominasse.

Pode ser apenas por um breve instante, facilmente ultrapassado, mas não deixa de ser um estado de suprema perturbação, um alarme geral.  

É assim que me sinto agora, mesmo cinquenta anos depois estou alarmado com a ideia de rever uma mulher que tanto amei.

A culpa é tua, meu querido neto Paul. Disseste-me há pouco que descobriste essa espantosa mulher chamada Alice, e com isso perturbaste a minha paz e a minha serenidade, e deixaste-me assim, em estado de alarme.

(...)

Alice está viva? Tens a certeza que é ela?

Explicas-me que sim, falaram ao telefone, é a minha Alice, a Alice que amei loucamente entre 1941 e 1943, a Alice monumento físico que enlouquecia os homens, a Alice espia dupla que trabalhava para os nazis ao mesmo tempo que para o Michael, o meu melhor amigo, chefe no MI6, espião ao serviço de sua majestade em Lisboa.

“Dragonfly” era o seu nome de código, a bela Alice que eu expus e denunciei sem o saber, a inimitável Alice que eu amei enganado, a irrequieta Alice que elogiava Hitler só para me incomodar...

Meu Deus, será possível? Será a mesma Alice de quem me despedi uma noite no Guincho em 1943, pensando que iria partir para sempre de Portugal?

Dizes-me que sim, que é a mesma, e acrescentas que não sabias que eu a tinha voltado a encontrar em 1945.

Foi ela que te disse isso? Falaram disso porquê? Será que ainda me ama, será que tem saudades minhas?"

 

Estas são as palavras iniciais do meu novo livro, "O Retrato da Mãe de Hitler", que já está à venda nas livrarias. É a continuação do meu anterior livro, "Enquanto Salazar Dormia", e espero que os leitores gostem tanto de o ler como eu gostei de o escrever. 

publicado por Domingos Amaral às 15:59 | link do post | comentar | ver comentários (1)
 

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