Sexta-feira, 19.10.12

A arte e as marcas

Nos últimos anos, têm-se multiplicado os exemplos de cooperação entre a arte e as marcas, entre os criadores, sejam eles músicos, escultores, pintores, designers, artistas plásticos, e as marcas de roupa, acessórios, relógios, sapatos, carros e muitas mais. É uma boa tendência, que muitas vezes produz resultados interessantes e inovadores, como Jeff Koons e a BMW, Jeremy Scott e a Swatch ou a Adidas, entre imensos casos.

Depois da ligação às celebridades, que sendo líderes de opinião e tendo enorme exposição mediática, são importantes para as marcas como símbolos da cultura popular, vemos cada vez mais a ligação às artes, não só para promover indirectamente a venda dos seus produtos ou a visita às lojas, mas sobretudo para associar às marcas uma ideia cultural positiva, que as posicione bem na opinião dos seus consumidores preferenciais.

Esta semana, por exemplo, a Fashion Clinic deu mais um passo na sua iniciativa FC art - when fashion meets art - e na sua loja na Avenida da Liberdade, no Tivoli Forum, apresentou o site specific da artista plástica Ana Vidigal, que se pode ver na foto publicada neste post. Parabéns à marca e à criadora pelo resultado final, que vale a pena visitar se passar pela Avenida da Liberdade.    

publicado por Domingos Amaral às 11:16 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 11.10.12

As melhores batatas fritas

Desde miúdo, e provavelmente como a grande maioria de crianças, adoro batatas fritas. A minha primeira memória de comer batatas fritas situa-se na praia do Tamariz, há mais de quarenta anos. Depois, lembro-me de as comer no Guincho, vinham já em sacos de plástico, que tinham escrito o nome da marca, mas não me recordo qual era.

As senhoras que vendiam bolas de Berlim também vendiam batatas fritas, mas só quando chegaram as famosas Pala-Pala é que uma marca se destacou para mim, e penso que para Portugal inteiro. Depois dessas, houve muitas marcas, mas a maior parte não as relembro, até porque existiu uma época em que as batatas fritas compradas foram substituídas pelas batatas fritas caseiras.

A minha avó, em Guimarães, fazia as melhores batatas fritas do mundo. Eram longas, pareciam troncos de madeira cortados por um machado. Eram batatas e não batatinhas, como as outras. Mediam mais de dez centímetros, e eram fritas só em parte, permanecendo o interior mole e suave. Comi milhares e milhares delas, mas com o passar do tempo e a morte da minha avó as batatas caseiras foram desaparecendo.

A forma como vivemos conspira contra as batatas fritas caseiras. Ninguém gosta do cheiro a óleo, ninguém tem tempo para descascar e fritar batatas como deve ser, e há muitos que têm receio dos acidentes com óleo a ferver, ainda por cima com crianças a correr pela cozinha.

Portanto, a batata frita caseira foi caindo em desuso, e regressou em força a batata frita de pacote. De entre todas as marcas e modelos, há só uma que vale mesmo a pena, as Lays Gourmet. É claro que existem outras marcas de qualidade, e misturas de sabores interessantes, mas para mim as Lays Gourmet estão num patamar diferente das outras. Esta é a minha opinião pessoal, sou freguês, mas é relevante acrescentar que os meus filhos estão de acordo. Desde a mais velha, com quase catorze, até à mais nova, com pouco mais de um ano, os quatro adoram as Lays Gourmet e sempre que alguém compra outra coisa há resmungos e protestos em voz baixa. 

publicado por Domingos Amaral às 11:34 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Terça-feira, 18.09.12

Alcântara pela manhã

De manhã, entre as oito e as nove, Alcântara é um caos, uma selva urbana mais dura e perigosa que o Amazonas. Do Calvário ao Alto de Santo Amaro, há milhares de carros a deixar crianças nas escolas ou no liceu Raínha D. Amélia. Há dezenas de enormes autocarros da Carris, apinhados de estudantes, a bufarem dos travões. Há imensas camionetas mal estacionadas, à porta de lojas, pastelarias, supermercados, em cargas ou descargas. Há carros estacionados em segunda fila, que parecem esquecidos do tempo e do mundo. Há peões a saltitar, acelerados e de olhar esgazeado, nas passadeiras ou fora delas, arriscando a vida em corridas desesperadas por um objectivo qualquer.

E depois há filas intermináveis, bloqueios do tráfico, buzinadelas fortíssimas, gritarias e protestos gerais, carros a executarem "slaloms" gigantes, mais rápidos do que um esquiador olímpico a descer uma montanha de neve raspando pelas bandeirinhas. Por vezes, há mesmo conflitos abertos. Gente que perde a cabeça, acelera nas passadeiras, pára enfurecida, sai do carro aos urros, pega-se à pancada com estranhos por causa de uma contravenção fútil.

Alcântara de manhã é a loucura e o que espanta mesmo é que, no final, há poucos acidentes. Como as ruas são apertadas e com demasiados cruzamentos e passadeiras, ninguém consegue circular depressa naquela absurda confusão e portanto todos podem travar a tempo. Não se evitam os sustos, mas pelo menos evitam-se acidentes ou atropelamentos. É um caos arrepiante e insuportável, mas apesar de tudo não tem havido mortos e feridos, o que acaba por ser a única vantagem daquela selva empedrada e exasperante. 

publicado por Domingos Amaral às 11:23 | link do post | comentar
Segunda-feira, 10.09.12

Os Meninos do Rio

Grande "party" no sábado á noite, num dos mais simpáticos locais de Lisboa, os "Meninos do Rio"! O meu grande amigo Luís comemorava os seus 45 anos e mais uma vez brindou os convivas com um inesquecível festão! Gente gira, música agradável, boa bebida, e aquela noite que foi uma dádiva dos céus. As noites quentes de Lisboa são sempre noites especiais, noites de fazer inveja aos deuses, que lá em cima roem as unhas, a ver-nos cá em baixo divertidos demais. São noites únicas, em que todos querem companhia mas ninguém tem pressa em ir para o quentinho, pois está bom cá fora. As camas podem esperar, o resto da vida pode esperar, há sempre vontade de dançar mais, beber mais, engatar mais. Lisboa em frente ao rio é a mais bela e a mais fascinante cidade de mundo, e os "Meninos do Rio" são uma das portas para a felicidade. Há precisamente cinco anos conheci a Sofia, numa festa assim, e estou cada vez mais feliz. Obrigado Luís, sem as tuas festas a vida de muitos de nós não era a mesma! 

publicado por Domingos Amaral às 11:38 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 06.09.12

Adoro queijos

Adoro queijos, adoro todos os queijos, e considero o queijo uma das mais extraordinárias criações da humanidade. O peixe, a carne, a fruta, são alimentos maravilhosos, mas não são criados por nós. Os bolos são por vezes demasiado trabalhados e os pães são muito dependentes das farinhas para serem todos bons. Os queijos não, os queijos são obras de arte de simplicidade que nos são oferecidos pelos humanos-deuses que os fabricam. Para mim, não há queijos maus, há é dias em que não somos capazes de provar certos queijos. Gosto de todos os tipos de queijos. O serra e o camenbert, o brie e de Azeitão, os queijos frescos e os requeijões, os flamengos e os gruyéres, os brie e os roquefort, os cheddar e os de niza, os mozzarella e os emmental, os de cabra e os de ovelha, os la vache que rie e os das vacas que não riem mas dão leite, os chévre, oh meus deus os chévre!, e mil e outros queijos que por esse mundo existem e que me fazem endoidecer só de pensar neles. Duros ou moles, redondos ou triangulares, ralados ou em tirinhas, líquidos ou sólidos, com buracos ou com recheios, com alho ou com ervas, todos os queijos do mundo me entusiasmam. Não sei se De Gaulle tinha razão quando exclamou que era impossível governar a França, por ser um país com mais de 800 queijos diferentes, mas a mim pouco me interessa o governo do mundo desde que possa comer um bocadinho de queijo...  

publicado por Domingos Amaral às 13:00 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 03.09.12

O melhor verão dos últimos anos

No início de Julho, um amigo meu chamado Tomaz criou no Facebook um grupo especial, que rapidamente chegou aos mais de 900 membros, e ao qual chamou "Faixa Costeira - grupo de acompanhamento do tempo". A partir desse dia, os membros do grupo que estavam numa praia ou perto delas, enviavam uma informação sobre o estado do mar, a direção e intensidade do vento, e o aspeto geral do local. Se fosse possível, juntavam uma foto, e todos os membros do grupo passavam então a saber se havia ondulação forte na Caparica, se o Ancão se apresentava enevoado, ou se em Vila Nova de Milfontes estava um calor de rachar ananáses. A ideia pegou, e durante os meses de Julho e Agosto fomos todos recebendo informações muito relevantes sobre o Verão em Portugal. E foi assim que cheguei à conclusão que este foi um dos melhores verões de sempre, em quase toda a faixa costeira nacional. Durante muitas semanas, com pequenos e curtos intervalos de chuviscos ou nuvens, o tempo este sempre quente, o mar esteve sempre agradável, e o que foi uma surpresa nacional, as nortadas foram muito mais brandas do que é habitual, principalmente em Agosto. Assim, o grupo da Faixa Costeira descobriu inúmeras vezes que no Guincho se viviam "os melhores dias desde há muito"; que no Malhão, "estava bestial"; que no Baleal "o vento murchara"; e que até em Moledo, num quase milagre, "a água estava quentinha"! Se há sorte que tivemos este ano foi essa, mesmo com uma crise insuportável às costas, lá veio o clima em nossa ajuda, para nos animar! Foi um belo verão, essa é que é a verdade, e já agora parabéns Tomaz pela bela ideia! 

publicado por Domingos Amaral às 12:12 | link do post | comentar
Segunda-feira, 02.07.12

Adeus "foie gras"?

Há dias em que gosto dos franceses, e este é um deles! A partir de ontem, a Califórnia decidiu proibir o consumo e a venda de "foie gras" em todo o estado, e o "foie gras" desapareceu assim dos supermercados, das lojas gourmet e, é óbvio, dos restaurantes. É uma medida ditatorial e patética, que prejudica essencialmente os que lá estão, mas que prova o quão longe podem ir as associações defensoras dos animais. Segundo elas, os gansos são sujeitos a grande crueldade para se conseguir o "foie gras" e por isso toca de proibir! Ainda bem que nós vivemos na Europa, e que a França jamais deixará que tal coisa aconteça deste lado do Atlântico, mas é preciso ter atenção que às vezes as modas americanas pegam também por cá, e os americanos andam tão doentes da carola que qualquer dia ainda proibem as salsichas ou as sardinhas em lata!  

publicado por Domingos Amaral às 19:16 | link do post | comentar | ver comentários (11)
Sexta-feira, 08.06.12

Bela carrinha

É uma belíssima carrinha, a nova 508 SW da Peugeot. Na tradição da magnífica 407 SW (eu tive uma e sei bem do que falo), aprece agora esta nova aposta da marca francesa, da qual é impossível não gostar. O design é muito bem conseguido e o tecto panorâmico mantém a imagem da marca. Será que é desta que a Peugeot consegue concorrer mais acima? 

publicado por Domingos Amaral às 17:07 | link do post | comentar
Segunda-feira, 04.06.12

Belo Concurso

E já que estou a falar de programas de televisão, não posso deixar de referir "The Amazing Race", ou na sua tradução portuguesa "A Corrida Mais Louca do Mundo", a passar todas as terças-feiras ao final da tarde na SIC Radical. É uma espécie de "rally paper" gigante, ou uma volta ao mundo em 12 episódios. Doze equipas saem dos Estados Unidos e vão tendo de cumprir tarefas e descobrir pistas, que os levarão a um outro local, que pode ser...no Gana. E aí vão eles de avião para o Gana, aonde os esperam mais provas e mais experiências, até que acabe essa etapa e tenham de partir para...o norte da Suécia. No final dos 12 episódios, só restam as últimas três equipas - as outras vão sendo eliminadas - que já passaram pela Noruega, Oman, Rússia, Bangladesh, Coreia do Sul, Hong Kong e Los Angeles. É claro que a maioria de nós já participou em "rally papers", especialmente nos tempos da universidade, mas quem não gostaria de viajar até África ou o Extremo Oriente em vez de ir até ao Restelo ou a Carnaxide? E principalmente, quem não o faria para ganhar um milhão de dólares, o prémio final? Além disso, a dinâmica dentro de cada equipa ou entre as equipas é muito divertida, com os filhos a ralharem aos pais, as mulheres a bufarem com os maridos e os namorados a zangarem-se num momento mais tenso. Isto sim, é boa televisão.

publicado por Domingos Amaral às 18:12 | link do post | comentar | ver comentários (1)
 

Livros à venda

posts recentes

últ. comentários

  • Li com prazer o seu primeiro volume volume de assi...
  • Caro Domingos Amaral, os seus livros são maravilho...
  • Caro Fernando Oliveira, muito obrigado pelas suas ...
  • Gostei muito dos dois volumes e estou ansiosamente...
  • Bela e sensata previsão!Vamos ganhar a Final?!...
  • A tua teoria do terceiro jogo verificou-se!No enta...
  • Gostei de ler, os 2 volumes de seguida. Uma aborda...
  • Neste momento (após jogo com a Croácia) já nem sei...
  • Não sei se ele só vai regressar no dia 11, mas reg...
  • No que diz respeito aos mind games humildes, é pre...

arquivos

Posts mais comentados

tags

favoritos

mais sobre mim

blogs SAPO

subscrever feeds