A Escócia já chegou à Madeira?

Um dos danos colaterais do referendo na Escócia é a animação que para aí vai nos locais que também desejam independência.

Na Catalunha, no País Basco, em certas regiões da Bélgica, já todos andam animados com a possibilidade de seguirem a Escócia.

E, como não podia deixar de ser, o mesmo se passa na Madeira.

 

Sim, é verdade, a Escócia já chegou à Madeira!

Na cara de Alberto João Jardim há já um sorrisinho tipo "eu não vos dizia que isto um dia mudava?" 

Ainda por cima, se a Escócia tem whisky, a Madeira tem o seu vinho!

Não tem petróleo, nem tantos milhões de pessoas, mas tem o Cristiano Ronaldo, que dá para uma bela campanha de marketing!

 

Se no referendo escocês vencer o Sim, preparem-se pois para uma sessão de fogos de artifício no Funchal.

Será, aposto, quase tão forte como as das Passagens do Ano!

Jardim sairá à rua, em pelota se for preciso, para festejar a grande possibilidade de, finalmente, a Madeira ser independente!

 

O pior é se isto pega.

E porque não a Galiza, o Alentejo, o Algarve, a Andaluzia, o Languedoc, a Bretanha, a Baviera?

Sim, porque não fragmentar todas as nações, uma a uma, em pequenas cidades estados?

Porque não um feudalismo digital com páginas no Facebook e conta no Twitter?

Como dizia Karl Popper há muitos anos, o único grave problema do princípio da autodeterminação é que é autoagravante, nunca mais se pára.

Se virmos bem, há razões para tudo, até para Algés se separar definitivamente de Miraflores... 

publicado por Domingos Amaral às 12:34 | link do post | comentar